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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Critica: Desconhecido

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Liam Neeson estava se especializando em viver mestres no cinema. Quem não lembra de suas inspiradas interpretações no insosso Star Wars - Episódio 1: a ameaça fantasma ou em Batman Begins? O excelente ator de A Lista de Schindler demorou até demais para cair no gosto do público. E numa nova reviravolta em sua carreira, está dando o que falar em filmes de ação. Busca Implacável foi o primeiro sucesso do ator no gênero. O filme, que foi lançado no resto do mundo antes mesmo que nos EUA, se tornou um grande sucesso de público, e revelou que o astro tinha calibre para segurar um thriller de ação ao estilo da trilogia Bourne. Não tardou para que outro projeto semelhante chegasse aos cinemas. Desconhecido é a bola da vez. Dirigido pelo ainda pouco conhecido Jaume Collet-Serra, que construiu sua carreira até aqui basicamente com filmes de terror ou suspense (são dele a refilmagem de A casa de cera e o recente A orfã), Desconhecido tem a seu favor, além das performances de Liam Neeson e Diane

Crítica: Bruna Surfistinha

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Alguns anos atrás, através de um blog, uma garota de programa ficou famosa em todo o país, contando o dia a dia de sua vida nada convencional. Seu nome era Raquel Pacheco, mais conhecida como Bruna Surfistinha . Depois da internet, as histórias da moça chegaram às livrarias, compiladas no livro chamado O doce veneno do escorpião. Ninguém poderia imaginar que um dia a vida da moça viraria um filme de cinema. Mas aconteceu. Com o lançamento de Bruna Surfistinha, a história da ex-garota de programa ganha as salas do país, e desponta como o primeiro grande lançamento do cinema nacional em 2011. Mas a trajetória do filme de Marcus Baldini para as telas dos cinemas não foi fácil. Para começar, era preciso vencer o preconceito que uma produção deste tipo poderia enfrentar. Em um país de falsos moralismos como o Brasil, a idéia de que moças de família deixem tudo de lado para se tornarem prostitutas ainda é considerada um tabu. A mais antiga profissão do mundo, no entanto, ainda é extremamente

Pôster da semana: "Sucker Punch - mundo surreal" de Zack Snyder (EUA, 2011)

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Critica: Santuário

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Toda crítica de cinema, seja ela boa ou ruim, deve se amparar em fatos. Tais fatos, no entanto, podem ser avaliados de maneira muito diversa, dependendo da visão daquele que escreve. Isso é natural, afinal de contas, o gosto cinematográfico é uma coisa individual, logo, diferente entre pessoas diferentes. Mas as vezes fica difícil de acreditar que somente a visão do indivíduo pesa na hora de falar sobre um filme. Já que estamos falando disso, avaliemos o caso deste Santuário, filme que surgiu do nada (alguém sabia da existência desta produção poucos dias antes de seu lançamento?) e foi alçado ao patamar quase imediato de "filme imperdível" apenas pelo fato de ter um nome escrito no seu cartaz de lançamento: James Cameron. O rei do mundo (pelo menos na sua própria imaginação fértil) provavelmente teve apenas uma participação de consultor no filme, no entanto foi creditado como produtor. Seu nome nos cartazes era uma clara jogada de marketing para atrair os seus ingênuos fãs, q

Critica: Trabalho Interno

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Quando você assiste um filme de ficção, está sendo levado numa viagem pela visão de mundo de terceiros, sejam eles produtores, diretores ou roteiristas. Cada indivíduo tem sua própria forma de enxergar a realidade, e um filme acaba sendo uma janela para o espectador adentrar na cabeça dos realizadores através da experiência proporcionada pelo cinema. Neste contexto, o documentário é um gênero interessante do cinema. Documentários narram histórias reais, e não obras fictícias. Logo, espera-se, devem ser fiéis ao acontecimento que estão contando, sem interferência de pensamentos individuais de nenhuma natureza. Você acredita que isso acontece? Pode até ser, em alguns casos, mas os cineastas tem uma carta fundamental na manga que faz toda a diferença: a montagem. Assista novamente qualquer um dos filmes de Michael Moore e repare em como ele utiliza a favor da sua visão o recurso da montagem que induz o pensamento. Genial, mas errado, na minha opinião. Trabalho Interno é um documentário fe

Filmes criticados no Blog - atualização

Segue a lista de filmes que já foram criticados no blog. Última atualização! (sem nota) As viagens de Gulliver * (ruim) O Lobisomem Idas e vindas do amor Uma noite fora de série Aprendiz de feiticeiro O último mestre do ar Demônio Skyline - a invasão Tron, o legado Entrando numa fria maior ainda com a família ** (bom) Avatar Nine Percy Jackson e o ladrão de raios Um olhar do paraíso Simplesmente complicado Alice no País das Maravilhas Fúria de Titãs A Saga Crepúsculo: Eclipse Shrek Para Sempre Encontro Explosivo O Bem Amado Meu malvado favorito Salt Como cães e gatos 2 - a vingança de Kitty Galore A Lenda dos Guardiões Jogos Mortais 7 Scott Pilgrim contra o mundo Um parto de viagem As Crônicas de Nárnia - a viagem do Peregrino da Alvorada O Turista Amor e outras drogas 127 horas Besouro Verde Burlesque *** (ótimo) Gomorra A Princesa e o Sapo Sherlock Holmes Onde Vivem os Monstros Invictus Preciosa A Fita Branca O Mensageiro Educação O Segredo dos seu s olhos Um Homem Sério Um sonho pos

Critica: Burlesque

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Foi no já longínquo 2001 que o cinema conheceu a volta de um de seus gêneros mais importantes. Cortesia de Baz Luhrmann, que produziu o psicodélico e inesquecível Moulin Rouge , tirando os musicais de um limbo que perdurara por anos. No ano seguinte, Chicago recebeu um Oscar de melhor filme e colocou os musicais de vez no mapa de futuros projetos cinematográficos. De lá pra cá, foram diversos os lançamentos do gênero nos cinemas, alternando filmes extremamente populares - como o grande sucesso Mamma Mia - e fracassos retumbantes - Nine e Rent - os boêmios são os melhores exemplos. A bola da vez é este Burlesque. O filme surgiu (segundo as más línguas) como veículo para promover uma reviravolta na carreira musical de Cristina Aguilera, que andava fora das paradas de sucesso e deixada de lado pelos incontáveis novos nomes da música americana. Também seria o retorno triunfal de Cher às telas, de onde estava sumida desde Ligado em você (2003) . Não importa qual fosse sua razão de existir:

Critica: Besouro Verde

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Nunca o cinema teve um ano tão cheio de heróis quanto este 2011. A procedência pode até ser diversa - adaptações de quadrinhos, TV e até mesmo de linhas clássicas de brinquedos - mas o que importa mesmo é o lucro que este tipo de produção está rendendo para Hollywood. Portanto, minha gente, se alguém ainda se irrita com esta vertente da produção cinematográfica, é melhor relaxar e se acostumar, pois ainda vem muita coisa por aí. O primeiro a chegar aos cinemas é Besouro Verde, uma união nada convencional de Michel Gondry, diretor do elogiadíssimo Brilho eterno de uma mente sem lembranças , com o astro de comédias Seth Rogen. A história todo mundo já conhece: um playboy boa vida herdeiro de um império jornalístico resolve virar um justiceiro mascarado, tendo como parceiro um empregado de confiança do seu falecido pai, perito em artes marciais. Sob a máscara do besouro, eles desafiam a polícia e o crime organizado de Los Angeles, nunca deixando claro se são mocinhos ou vilões. Com Seth R

Trailer: Thor

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O segundo trailer de THOR , que estréia no Brasil em 29 de abril (antes mesmo que nos Estados Unidos), melhorou em muito as expectativas para o filme. A prévia - que mostra, dentre outras coisas, Natalie Portman - tem tudo o que se espera do filme do herói: ação, humor e uma boa dose de imagens do reino de Asgard! Como o tempo demora a passar...

Crítica: 127 horas

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Era um vez, Danny Boyle. É triste começar esta crítica com esta afirmação. O outrora excelente diretor, que uma vez realizou um filme perfeito como Trainspotting, parece estar perdido em sua arte. O caldo já havia entornado dois anos atrás, quando ele "cometeu" Quem quer ser o milionário?, filme encomendado pela indústria para selar um acordo de comadres entre Hollywood e Bollywood (como é conhecida a indústria cinematográfica Indiana). Agora, parece que o prestígio do diretor foi-se de vez. Todos devem estar achando estranhas estas afirmações, uma vez que o novo filme do diretor está entre os concorrentes ao prêmio máximo do Oscar 2010. Certamente, os méritos que levaram 127 horas para a disputa passam longe da direção equivocada de Danny Boyle. O filme que conta a impressionante história de sobrevivência do montanhista americano Aron Ralston, e que foi baseado no livro autobiográfico escrito por ele, poderia ser um excelente drama intimista sobre um homem preso a uma situaç

Crítica: Bravura Indômita

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Os irmãos Joel e Ethan Coen possuem uma carreira curiosa. Seus filmes, geralmente carregados de cinismo e humor negro, nunca são de fácil compreensão, e causam reações das mais diferenciadas na platéia. Nem o seu maior sucesso crítico - Onde os fracos não tem vez, grande vencedor do Oscar em 2008 - é uma exceção. Foi preciso que os cineastas apostassem em um remake para acabar de vez com esta situação. E o gênero escolhido não poderia ser melhor: um Western, que no passado deu um Oscar de melhor ator a John Wayne. Assim aconteceu este novo Bravura Indômita. O filme conta a história da inusitada união de uma menina de apenas 14 anos, cujo pai foi assassinado, e um oficial grosseiro e beberrão que é contratado por ela para encontrar o bandido. Jeff Bridges assumiu o papel de Rooster Cogburn, repetindo uma atuação tão convincente quanto a de John Wayne no filme original. O ator, que vem da conquista do Oscar de melhor ator em 2010, pelo filme Coração Louco, seria o franco favorito a dobra

Crítica: O Discurso do Rei

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A aproximação entre a TV e o cinema, tanto nos EUA quanto na Inglaterra, tem rendido bons frutos. Hoje é normal surgirem produções televisivas com qualidade semelhante ou mesmo superior à produção cinematográfica. A migração de profissionais, sejam eles astros, roteiristas ou diretores, já é praticamente lugar comum. Tom Hooper, diretor inglês e cria da televisão, é mais um que está utilizando sua experiência na telinha para ousar vôos mais altos. Entre seus trabalhos mais importantes está John Adams, minissérie que ganhou diversos prêmios e deu um Globo de Ouro para Paul Giamatti. A experiência com dramas históricos certamente foi fundamental para garantir a entrega de O Discurso do Rei para este jovem diretor. E considerando o resultado final, a decisão foi sábia. Surgindo de fininho na temporada de premiações que antecede o Oscar, o filme se tornou o grande hit do momento, recebendo diversos prêmios importantes - como o SAG de elenco (que é o equivalente ao Oscar de melhor filme)

Pôster da semana: "Capitão América", de Joe Jonhston (EUA 2011)

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Blu-ray: Tropa de Elite 2

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O maior sucesso de público da história do cinema nacional chega às lojas em alta definição... apenas! Em uma estratégia um pouco questionável, Tropa de Elite 2 foi lançado em home-vídeo esta semana na novíssima tecnologia do Blu-ray, e terá versões em DVD somente para locação. Considerando que o mercado brasileiro de alta definição ainda está engatinhando perto do que se dê no exterior, é no mínimo estranha esta atitude da distribuidora do filme. De qualquer forma, para aqueles que já possuem um aparelho de Blu-ray, fica a dica de acompanhar - pela primeira vez ou novamente - as investidas do Coronel Nascimento, novamente interpretado com brilho por Wagner Moura, contra um inimigo muito mais poderoso do que os traficantes do filme original.

Crítica: Amor e outras drogas

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As comédias românticas costumam seguir fórmulas para lá de batidas. Vamos pensar: o que geralmente acontece nestes filmes? O rapaz encontra a moça, os dois tem personalidades diferentes - muitas vezes se detestam - e com o passar do tempo, quando se conhecem melhor, acabam se apaixonando. Maior clichê do que este, impossível. Raramente surgem novidades no gênero, como no caso do genial (500) dias com ela. Ficando no meio termo, o diretor Edward Zwick consegue fugir (um pouco) das histórias batidas e entrega um filme interessante com Amor e outras drogas. Contando a história baseada em fatos reais de um representante farmacêutico da gigante Pfizer que construiu fama e fortuna quando se tornou responsável pela divulgação do Viagra e que se apaixona por uma moça que sofre com o Mal de Parkinson com apenas 26 anos de idade, Edward Zwick acerta por incluir pitadas de humor negro e críticas veladas à Indústria Farmacêutica. Se existem erros, podemos dizer que algumas fórmulas típicas do gêne

Crítica: O Vencedor

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Hollywood tem verdadeiro fascínio por dramas protagonizados por lutadores de boxe. Reais ou fictícios, estes personagens são figura fácil de tempos em tempos nas telas dos cinemas. Na maioria das vezes, o que se destaca são histórias de superação, em que homens corajosos venceram seus próprios limites em busca do sonho de um título mundial. David O. Russel é mais um diretor tarimbado a se render ao pugilismo no cinema. E dá gosto ver como este excelente diretor conseguiu imprimir seu estilo ao filme O vencedor. Logo no princípio, já é possível notar que O vencedor não é um filme que retrata o mundo do Boxe como os outros. A começar pelas locações, na empobrecida cidade de Lowell, onde viveram os irmãos Dicky Eklund e Mick Ward, personagens reais retratados de maneira eficiente pelos atores Christian Bale e Mark Wahlberg. Ambos boxeadores profissionais, os dois homens tiveram trajetórias distintas; enquanto Mick, o mais novo, era dedicado aos treinos e seguia os ensinamentos do irmão ma

Crítica: Cisne Negro

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Darren Aronofsky é um diretor reconhecido pelo seu talento na condução de atores. É só relembrar da carreira do cineasta para confirmar sem nenhuma dúvida esta afirmação. O que dizer de Ellen Burstyn, Jennifer Connely e Jared Leto no forte Réquien para um sonho ? Ou da atuação de Mickey Rourke no recente O Lutador , que foi vital para o ressurgimento do ator nas grandes produções de Hollywood, depois de um longo período de decadência? Em todos os seus projetos, são notáveis os desempenhos de seus comandados, seja em papéis principais, seja como coadjuvantes. Cisne Negro não foge desta regra. A diferença, aqui, é que uma estrela brilha mais do que qualquer outra no excelente elenco do thriller psicológico sobre os bastidores de uma tradicional companhia de Balé americana: Natalie Portman, que entrega uma atuação arrebatadora. O filme conta a história de Nina, uma dedicada bailarina do balé de Nova York. Acostumada a ser coadjuvante nas apresentações, ela finalmente tem a chance de alca

Pôster da semana: "O discurso do rei", de Tom Hooper (Inglaterra, 2010)

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Crítica: Deixe-me entrar

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Pode parecer uma heresia sair de casa para assistir um remake de um filme que você gosta muito e não tem certeza se a qualidade da "cópia" é duvidosa. Este era exatamente o meu sentimento hoje, quando decidi que iria assistir a versão Hollywoodiana do filme Sueco Deixa ela entrar. Quem acompanha meu blog deve saber que o drama vampírico Escandinavo foi um dos filmes que selecionei nos melhores de 2009. E não poderia ter sido de outro jeito. Numa época em que a figura do vampiro foi completamente desmoralizada pela forma como está sendo tratada na literatura juvenil - estou falando da saga Crepúsculo, ok? - salva-se muito pouco material sobre as criaturas da noite, e Deixa ela entrar é o mais expressivo exemplar desta safra. Deixe-me entrar resgata tudo que havia de melhor no filme original, contando com um banho de loja nos efeitos especiais garantido pelos milhares de dólares disponibilizados pela Paramount para o diretor Matt Reeves. A trama toda está lá, do jeito que tem q

Crítica: Um lugar qualquer

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Sofia Coppola tem pedigree. O sobrenome, ora essa, já diz tudo. A filha do grande Francis Ford Coppola quase estragou a obra prima do pai - quem não se lembra da desastrosa atuação da moça em O poderoso chefão 3. Mas, se como atriz ela era uma excelente cineasta, não poderia ter acontecido coisa melhor do que ela seguir a carreira por trás das câmeras. E que carreira. Sofia tem apenas outros três filmes no curriculum - o soturno As virgens suicidas, o sucesso de público e crítica Encontros e desencontros, e o exagerado Maria Antonieta. Em todos os trabalhos, estava nítida a sua forma de fazer cinema. Mas é com Um lugar qualquer que ela atinge o ápice de sua maturidade como cineasta. Em primeiro lugar, é preciso esquecer a polêmica sobre a vitória do filme no festival de Veneza - presidido na ocasião por Quentin Tarantino, antigo affair da cineasta e fã confesso de Sofia. O fato de ter havido qualquer tipo de favorecimento ao filme não macula nem um pouco a sua qualidade, muito pelo con