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Crítica: Para Sempre Alice

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Não pude deixar de comparar a performance de Julianne Moore com a de Emmanuelle Riva em Amor , de Michael Haneke, depois de assistir "Para Sempre Alice". Não apenas pelo fato de ambas interpretarem mulheres com Alzheimer, mas pelo nível altíssimo de suas performances. Talvez a única diferença entre Riva e Moore é o fato da primeira ter sido assistida pela direção extremamente precisa de Haneke, e ter ao seu lado o grande Jean-Luis Trintignant, que estava tão arrebatador quanto ela. Amor tinha uma narrativa mais densa, mais forte, e o peso da tortura da doença recaia com igual intensidade sobre os dois personagens principais. Para Moore, não houve essa facilidade: ela carrega Para Sempre Alice literalmente nas costas. Julianne Moore está tão perfeita, tão entregue ao seu personagem, que por vezes a sua dor e angústia passam a ser a nossa como interlocutores de seu drama. Cada passo da evolução da doença é incrivelmente desenvolvido pela atriz, e suas reações a cada