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Mostrando postagens de setembro, 2012

Crítica: Ted

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Seth McFarlane tornou-se famoso por ser o escritor e diretor das animações  Uma família da pesada (uma espécie de Os Simpsons , mas sem personagens amarelos) e American Dad . Apesar do sucesso na TV desde 1995, ele ainda não havia tentado a sorte no cinema. Pelo menos até 2012. Ele deve estar bastante feliz. Seu filme Ted tornou-se um dos maiores sucessos do verão americano, arrecadando milhões nas bilheterias, virando febre nas redes sociais e gerando até polêmicas desnecessárias (como o caso do deputado brasileiro que queria proibir o filme por considerá-lo nocivo para os menores - oras, ele não deveria saber que a censura americana era R, ou seja, menores apenas com autorização dos pais).  O urso desbocado, maconheiro e mulherengo era por demais engraçado, pelo menos na teoria. No entanto, existem piadas que não foram feitas para serem contadas repetidas vezes, muito menos para segurarem um filme de quase duas horas de duração.  A sensação que Ted passa é exatamente aquela da pia

Trailer: Os Miseráveis

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O diretor Tom Hopper, que levou o Oscar em 2011 por O discurso do rei, vai apresentar para as plateias mundiais sua versão de Os miseráveis, o musical fenômeno dos palcos, no cinema. As prévias já mostram a grandiosidade da produção, que contará com as canções eternas interpretadas por atores como Hugh Jackman, Anne Hataway e Russel Crowe. Alguns veículos especializados já consideram o filme como um dos favoritos ao Oscar do próximo ano. 

Pôster da semana: "Argo", de Ben Affleck (EUA, 2012)

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Filmes criticados no blog - atualização

(sem nota) As viagens de Gulliver * (ruim) O Lobisomem Idas e vindas do amor Uma noite fora de série Aprendiz de feiticeiro O último mestre do ar Demônio Skyline - a invasão Tron, o legado Entrando numa fria maior ainda com a família Santuário Gnomeu & Julieta Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles Professora sem classe Missão Madrinha de Casamento Um zelador animal Footloose (2011) Os três mosqueteiros Happy Feet 2 Anjos da noite - o despertar Motoqueiro Fantasma: espírito da vingança Fúria de Titãs 2 Anjos da Lei O Corvo Na Estrada Rock of Ages Projeto Dinossauro ** (bom) Avatar Nine Percy Jackson e o ladrão de raios Um olhar do paraíso Simplesmente complicado Alice no País das Maravilhas Fúria de Titãs A Saga Crepúsculo: Eclipse Shrek Para Sempre Encontro Explosivo O Bem Amado Meu malvado favorito Salt Como cães e gatos 2 - a vingança de Kitty Galore A Lenda dos Guardiões Jogos Mortais 7 Scott Pilgrim contra o mundo Um parto de

Crítica: Looper - Assassinos do Futuro

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Tenho que confessar que o gênero de ficção científica é um dos meus favoritos. Sempre é interessante acompanhar a nova loucura que sai da cabeça de roteiristas e cineastas para as mais diversas visões de futuro. Mas desde Minority Report e Filhos da Esperança o cinema não recebia um filme tão interessante e com um argumento tão rico quanto este Looper - assassinos do futuro. E nem estamos falando de um filme que possui na sua gênese profissionais muito experientes: o diretor e roteirista Rian Johnson é um dos responsáveis pela excelente série Breaking Bad, um dos mais subestimados programas atualmente no ar na TV americana, mas que na telona foi responsável apenas pelos pouco conhecidos Vigaristas e A ponta de um crime - o segundo, por sinal, foi um dos primeiros trabalhos do astro Joseph Gordon-Levitt como protagonista, quando ele ainda era um ilustre desconhecido para as platéias mundiais. Não é preciso muito tempo de projeção para se perceber que Looper - assassinos

Crítica: Hotel Transilvânia

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Na década de 90, o Cartoon Network fez história, tornando-se o maior fenômeno de audiência da TV paga em todo o mundo. Este sucesso todo era resultado, principalmente, do altíssimo nível da programação do canal, que misturava animes ( Pokémon construiu sua fama por aqui), desenhos clássicos (como Tom & Jerry, Looney Toones e diversas produções dos estúdios Hanna-Barbera) e algumas produções originais. É desta prata da casa que surgiu o animador Genddy Tartakovsky. Tartakovsky começou a comandar aquela que seria a fase de ouro do Cartoon Network, com o lançamento da série O laboratório de Dexter. Sucesso de crítica e público, a animação sobre o garoto rato de laboratório que passava por poucas e boas nas mãos da irmã sociopata se tornou um dos maiores sucessos do canal, junto com outros desenhos como As meninas superpoderosas, A vaca e o frango e Eu sou o Máximo. Não demorou muito para a fama   abrir as portas para projetos mais ambiciosos, como Clone Wars, série derivada de Guerra

Pôster da semana: 'Cloud Atlas', de Andy e Lana Wakowsky (EUA, 2012)

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Crítica: Intocáveis

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Grandes sucessos de bilheteria quase sempre são vinculados ao cinema americano. Vez ou outra, surgem filmes em outras partes do mundo que se tornam grandes sucessos mundiais, caso do Italiano A Vida é Bela, do Taiwanês O Tigre e o Dragão, do Chinês Herói  ou do Francês  O Fabuloso destino de Amelie Poulin. Mas 2011 fez nascer na França aquele filme produzido fora de Hollywood que se tornaria o mais bem sucedido da história, o emocionante Intocáveis. Este sucesso não é apenas merecido, como também justificável. A escola francesa de cinema, mãe de mestres  como Georges Mélies, Jean Renoir, Alain Resnais, Jacques Tati, dentre outros, não é exatamente o que podemos chamar de popular . Embora um dos mais dinâmicos da Europa, o cinema Francês não empolga o público fora do velho continente. Neste sentido, essa produção de fácil leitura e de estrutura linear já era um trunfo para um bom aceite internacional. Mas Intocáveis se destaca ainda mais pela belíssima história de superação que aprese

Crítica: ParaNorman

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Animação stop-motion é uma arte para poucos. Pense no trabalho para fazer um filme animado e multiplique por 10: talvez assim seja possível ter uma ideia de quão difícil é fazer um filme nesta maneira artesanal, mas que ainda desperta a criatividade de animadores em todo o mundo. O estúdio Laika Entertainment é um deles. Com Coraline e o mundo secreto , a produtora ganhou os holofotes e conquistou o publico com uma história envolvente e personagens bem construídos, que pareciam sair da mente de Tim Burton. Aqui não é diferente: ParaNorman lembra muito os trabalhos do célebre diretor no visual, mas impressiona mesmo pelo excelente roteiro. Os diretores Chris Butler e Sam Fell criaram uma trama interessante que mistura muitos dos clichês típicos dos filmes de fantasmas (casas estranhas, cidades pequenas e cemitérios) a um grupo interessante de personagens que fogem do padrão comum, além de um vilão com visual arrojado (seu embate com o protagonista no terceiro ato rende seqüê

Pôster da semana: "As vantagens de ser invisível", de Stephen Chbosky (EUA, 2012)

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Crítica: O Legado Bourne

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A obra de Robert Lundlum que contava a trajetória do desmemoriado Jason Bourne transformou a literatura de espionagem. No cinema, não foi difente: depois de um fraco A identidade Bourne, a cinessárie encontrou um diretor de peso (Paul Greengrass) e tomou o rumo de espetáculo com A supremacia Bourne e O ultimato Bourne, transformando a forma de se fazer filmes de ação.   O sucesso parecia indicar que viriam outros filmes. Mas havia um problema: Matt Damon e Paul Greengrass não queriam continuar a contar histórias de Jason Bourne. Para ator e diretor, o ciclo havia se fechado no terceiro e excelente filme. Mas a Universal queria continuar a faturar com a franquia, e num passo extremamente arriscado, resolveu partir para uma espécie de recomeço com outros atores.   O Legado Bourne nasceu desta jogada. Contanto com um diretor com experiência como roteirista (Tony Gilroy, responsável pelo texto de sucessos como Advogado do Diabo e dos dois últimos Bourne ) e um novo astro que passa

Crítica: Projeto Dinossauro

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Quando um determinado projeto que trata de um tema com potencial para atrair milhares às bilheterias chega às telas de forma tímida e quase sem nenhum marketing, já é motivo para desconfiar. Não adianta: o cinema vive hoje o período da maximização da informação, onde a mídia já acompanha com afinco etapa a etapa dos filmes, da pré à pós produção. Não despertar interesse logo de cara é certeza de que algo não vai bem. Projeto Dinossauro se enquadra perfeitamente nesta descrição. A produção Inglesa de baixo orçamento tinha um propósito interessante: trazer para um filme com dinossauros a estética já consagrada em outros gêneros com A Bruxa de Blair, Cloverfield e Poder sem limites - a filmagem semi-documental com câmera na mão. O problema é que o filme se entrega aos clichês deste tipo de produção e não consegue decolar. Não consegue decolar, leia-se, por motivos diversos. O primeiro e mais perceptível deles é a limitação técnica. Sempre que a ação exige mais refinamento estético, a c

Crítica: Cosmópolis

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É muito difícil falar de um filme de David Cronenberg sem tocar em algum tipo de polêmica. O cineasta Canadense tem um curriculum de trabalhos bastante diversos, mas que possuem quase sempre características comuns: são difíceis, visualmente arrojados e com sequencias de diálogos que variam entre o surreal e o escatológico, mas sempre com tiradas geniais. Definitivamente, não são filmes feitos para crianças. Cronenberg gosta de desafios ao selecionar os elencos de seus filmes. Assim como Martin Scorcese, que catapultou a carreira do então galã teen Leonardo DiCaprio para o respeito crítico internacional com sequencias de grandes personagens ( Gangues de Nova York, O Aviador, Os infiltrados e Ilha do Medo estão aí para provar), Cronenberg resgatou Viggo Mortensen da obra de fantasia O Senhor dos Anéis e o colocou no alto escalão de Hollywood com filmes como Marcas da Violência, Senhores do Crime e o mais recente Um método perigoso. Era a vez, então, de fazer o mesmo pela carreira de Rob

Crítica: Os Mercenários 2

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Sylvester Stallone merece elogios. O ator sexagenário passou por um longo período de ostracismo na carreira, colecionando críticas negativas e ficando relegado a participações especiais em filmes de qualidade duvidosa. Mas a volta por cima começou em 2006, com Rocky Balboa, uma continuação tardia de seu personagem mais famoso, que se tornou um sucesso de crítica e reabriu as portas do sucesso para o ator, que esquecendo a vaidade, assumiu a idade avançada e deu ao garanhão italiano uma aposentadoria digna, com sequencias de luta espetaculares que mostraram que a idade poderia ter chegado, mas a vitalidade de outrora ainda estava viva. Abraçando novamente o lado produtor/cineasta, Stallone teve uma ideia ainda mais ousada em 2010: reunir um grupo de atores veteranos do gênero de ação para uma nova franquia cinematográfica. Os Mercenários chegou fazendo certo barulho, teve bons números de bilheteria e trouxe de volta do limbo nomes como Dolph Lundgren e Jet Li, que andavam sumidos d