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Mostrando postagens de julho, 2010

Crítica: Ponyo - uma amizade que veio do mar

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Hayao Miyazaki é uma lenda no Japão. Pudera. Os maiores sucessos de bilheteria da terra do céu nascente são obras deste mestre da animação, por muitos o "Walt Disney" do oriente. Dentre alguns de seus filmes, destacam-se Princesa Mononoke, Meu vizinho Totoro e o vencedor do Oscar A Viagem de Chihiro. Em todas estas produções, era comum o uso de metáforas para descrever valores sociais hoje jogados a escanteio pelas pessoas. Os roteiros de Miyazaki, repletos de poesia e folclore Japonês, intrigam tanto quanto fascinam. Era quase impossível classificar seus filmes simplesmente como um produto infantil. Eis que, no entanto, o diretor resolve realizar seu primeiro filme nitidamente voltado para os pequenos. Ponyo - uma amizade que veio do mar é mais um belíssimo trabalho e mostra que, apesar da vontade de Miyazaki de se aposentar, ele ainda tem muito a oferecer ao cinema. A história da peixinha que foge do pai com vontade de explorar o mundo lembra em muito o clássico A Pequena S

Pôster da semana: Zé Colméia

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Crítica: O Bem Amado

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Saudosismo é o tipo de coisa que denuncia fácil fácil a sua idade. Mas eu não estou nem aí pra isso. Posso me gabar de dizer que tive a chance de conhecer um pouco da obra de Dias Gomes quando ainda era apresentada na TV. Espera um pouco, calma lá! Não estou falando de O Bem Amado. Minha maior referência é, e sempre será, Roque Santeiro. Mas que se cale aquele que nunca tinha ouvido falar de Odorico Paraguaçu, Dirceu Borboleta, Zeca Diabo e tantos outros personagens clássicos. Exatamente por conta disso fiquei muito satisfeito quando soube que O Bem Amado ia ser adaptado para o cinema. O problema maior foi exatamente esse: quando a ansiedade por um filme é muita, a chance de decepção é sempre maior. Mas até que desta vez a história teve um final quase feliz. O filme de Guel Arraes é uma homenagem descarada a novela originalmente exibida pela Rede Globo, mais até do que ao texto de Dias Gomes. O formato quase folhetinesco, os atores globais e a produção pela Globo Filmes são sinais mai

Pôster da semana: Jogos Mortais 3D

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Crítica: À Prova de Morte

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No ano de 2007, os geniais cineastas Quentin Tarantino e Robert Rodrigues resolveram tocar um projeto arrojado que dividiu opiniões. A idéia era homenagear as antigas Grindhouses - para os não familiarizados, eram as casas de cinema impopulares, que não se dedicavam aos filmes com os atores da moda, e sim ao gênero "exploitation", cujas marcas eram a violência explícita e temas de cunho altamente sexual. Estes cinemas alternativos exibiam geralmente filmes de baixo orçamento em sessões duplas e viraram moda na década de 70 em terras gringas. Nem precisa dizer que um grande fã deste estilo era Tarantino. Desta brincadeira, surgiu Grindhouse. O longa era composto por dois média-metragens, Planeta Terror, de Robert Rodriguez, e este À Prova de Morte, de Quentin Tarantino. Entre os filmes, foram exibidos trailers falsos, como o hilário Mulheres Lobisomens da S.S. e Machete, que está a caminho de se tornar um filme de verdade nas mãos de Rodriguez e com o mesmo protagonista, Danny

Crítica: Encontro Explosivo

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Ir ao cinema com amigos é o prato cheio para uma polêmica, ainda mais se o grupo for de pessoas muito diferentes, e, por consequência, com gosto e percepções cinematográficas muito distintas. Some a esta receita o fato de que o filme em questão era o típico pipoca descerebrado de verão, e fica armada a discussão. O prato da vez era o novo filme-evento de Tom Cruise, Encontro Explosivo. Filme-evento é a palavra ideal para descrever a nova empreitada cinematográfica do astro. Só que, para infelicidade geral do ator, dos produtores e também da pobre Cameron Diaz (que não está conseguindo emplacar um sucesso a um bom tempo), o filme foi um fracasso nos EUA e está tentando se pagar com a carreira internacional. Foi mais um fiasco da FOX este ano, e mais um para a conta de Tom Cruise. Prova máxima de que a decadência está batendo a porta - e estaria mais do que na hora de ele se reinventar. Mas você pode se perguntar se o filme é ruim. Bem, como expressei no primeiro parágrafo, é tudo uma qu

Crítica: Uma Noite Fora de Série

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Não há nada mais desgostoso do que uma comédia que não consegue fazer o público rir. Claro, sempre existe aquela situação automática, do tipo que o diretor insere no filme e que faz você abrir aquele sorriso de canto de boca, que é quase imperceptível se você não estiver encarando a pessoa. Uma Noite Fora de Série é exatamente esse tipo de filme, o que é uma pena. Vamos lá: você assistiu o trailer do filme? Se sim, ótimo. Nem precisa ir pro cinema. As melhores cenas do longa (e as que tentam ser mais engraçadas) estão nele. O resto, bem, podemos mesmo chamar de resto. Da concepção da história à forma como foi conduzida, o filme não passa de um emaranhado de clichês do gênero, que ganham um pouco de força graças ao esforço hercúleo dos protagonistas - Steve Carrel e Tina Fey, competentes em seus papéis, embora o primeiro use e abuse dos trejeitos que já ficaram marcados em outros personagens. O diretor Shawn Levy demonstra principalmente nas pretensas cenas de ação seu amadorismo total

Filmes criticados no Blog: atualização

Segue a lista de filmes que já foram criticados no site. Devidamente atualizada. * (ruim) O Lobisomem Idas e vindas do amor ** (bom) Avatar Nine Percy Jackson e o ladrão de raios Um olhar do paraíso Simplesmente complicado Alice no País das Maravilhas Fúria de Titãs A Saga Crepúsculo: Eclipse Shrek Para Sempre *** (ótimo) Gomorra A Princesa e o Sapo Sherlock Holmes Onde Vivem os Monstros Invictus Preciosa A Fita Branca O Mensageiro Educação O Segredo dos seu s olhos Um Homem Sério Um sonho possível Como treinar seu dragão O Fantástico Sr. Raposo Nova York, eu te amo As Melhores Coisas do Mundo Homem de Ferro 2 Príncipe da Pérsia: as Areias do Tempo Kick-Ass **** (excelente) Amor sem escalas Guerra ao Terror Ilha do Medo Zona Verde Esquadrão Classe A Toy Story 3

Crítica: Shrek Para Sempre

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Franquias no cinema já não são novidade a muito tempo. Hoje, se um filme faz um relativo sucesso, os atentos olhos dos executivos dos estúdios de Hollywood já ficam bem abertos, de olho em "oportunidades de negócio". O grande problema é que nem sempre um determinado filme existe para ter uma continuação; certas histórias tem princípio, meio e fim em um único filme, e tentar continuá-las, geralmente, é um baita tiro no escuro. O cinema animado não sofria deste mal até o surgimento da Dreamworks Animation. Se antes as continuações de desenhos animados eram exclusividade da Disney para o mercado de home-vídeo (com exceção do segundo Toy Story, que só foi aos cinemas devido a insistência da Pixar), hoje as franquias animadas são uma realidade: Madagascar e Kung Fu Panda são dois exemplos. O sucesso deste ano, Como Treinar seu Dragão, outro. Todos estes citados, são de propriedade do estúdio de Jeffrey Katzenberg. Assim como a mãe de todas as fraquias animadas: a saga do ogro verd

Maiores Astros da Pixar

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Que Toy Story 3 é um filme inesquecível, não é nem preciso falar. Mas além da magnífica história do filme, um fato importante do seu sucesso é a galeria fantástica de personagens que fazem parte desta franquia. Como em todos os filmes da Pixar, aliás. Separei abaixo os 10 que considero mais marcantes. 10. Relâmpago McQueen (Carros) Carros é uma máquina de fazer dinheiro com merchandising para a Pixar. Fácil entender, se considerarmos que os brinquedos preferidos de qualquer garoto são carrinhos de corrida. Mas o sucesso do "Relâmpago" não é apenas por conta disso. Ele é o típico anti-herói, egoísta e prepotente, que vemos em muitos filmes com atores de carne e osso por aí. 09. Edna Moda (Os Incríveis) O diretor Brad Bird, além de um talento nato para animações - são dele também os fantásticos O Gigante de Ferro e Ratatouille - mostrou que é um dublador muito engraçado e talentoso. É dele a voz no original da estilista Edna Moda, o personagem mais engraçado do filme Os Incríve

Pôster da semana: Harry Potter e as Relíquias da Morte

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Crítica: Eclipse

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Bram Stocker deve estar se revirando no túmulo. O autor, célebre por ter criado o vampiro mais famoso da história - o Drácula - provavelmente cometeria suicídio se estivesse vivo e pudesse ler uma linha que seja dos romances de Stephanie Meyer. Na transilvânia de Stocker, o Conde Vlad bebia o sangue de suas vítimas, controlava mentes, causava matanças, enfim, era puro terror; na Forks de Meyer, os vampiros são vegetarianos, românticos, brilham como porpurina e deixam as adolescentes com os hormônios a flor da pele. Só hormônios em ebulição podem explicar o sucesso que o filme provavelmente vai fazer. Na terceira parte da saga "vampírica" - por sinal baseada no melhor dos 4 livros - o expectador é brindado com mais... do mesmo! Eclipse, o livro, é dos quatro volumes da Saga Crepúsculo o mais, digamos, emocionante. Explicando melhor, o livro é pontuado mais por suspense do que por romance. Desenvolve melhor os personagens coadjuvantes, acrescenta alguns pontos interessantes a m