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Mostrando postagens de novembro, 2011

Crítica: Happy Feet 2

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Em 2006, Happy Feet protagonizou um briga bonita com Carros pelo primeiro lugar nos maiores prêmios de Cinema no mundo. Os pinguins tinham a seu favor um nome de peso do cinema na cadeira de diretor - George Miller, o cara por trás, dentre outros, da trilogia Mad Max e do sucesso de público e crítica Babe, o porquinho atrapalhado - e os simpáticos animais que eram febre absoluta do cinema na época (já haviam dado às caras nas animações Madagascar e Tá dando onda , além de serem protagonistas do documentário épico A marcha do Imperador). Não precisa dizer o que aconteceu: Happy Feet levou a melhor e foi o segundo filme a conseguir deixar a Pixar de mãos abanando no Oscar (anteriormente, o estúdio havia perdido a estatueta de Monstros S/A para o hit Shrek). É no mínimo irônico que as continuações dos dois filmes estejam novamente dividindo as telas no mesmo ano. Mas em um 2011 muito badalado para as animações, nenhuma das duas parece ter chance de brilhar no lugar mais alto do pódio: Ca

Crítica: A casa dos sonhos

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O Cinema é, antes de tudo, um negócio. E como em qualquer negócio, cedo ou tarde é necessário gerar lucro para distribuir aos investidores e, obviamente, investir em coisas novas. Jim Sheridan é mais um dos diretores autorais que está entrando no jogo dos filmes comerciais para depois continuar a nos emocionar com seus dramas fabulosos. O irlandês, conhecido por grandes sucessos de crítica como Meu pé esquerdo, Em nome do pai e Terra de sonhos , ganhou da Warner a chance de dirigir um filme de suspense, algo semelhante ao que aconteceu ao nosso Walter Salles, com Água Negra. Mas diferente de Salles, Sheridan imprimiu ao seu filme um toque peculiar de seu talento, fazendo de A casa dos sonhos um bom filme de suspense. O filme não repete alguns clichês do cinema de suspense e horror recente, mas ainda assim está longe de acrescentar algo novo ao gênero. Quem conhece bem o estilo, vai notar semelhanças logo de cara com Os outros e o último filme de Scorcese, Ilha do medo. Na verdade, sua

Filmes criticados no blog - atualização

Segue a lista de filmes que já foram criticados no blog. Última atualização! (sem nota) As viagens de Gulliver * (ruim) O Lobisomem Idas e vindas do amor Uma noite fora de série Aprendiz de feiticeiro O último mestre do ar Demônio Skyline - a invasão Tron, o legado Entrando numa fria maior ainda com a família Santuário Gnomeu & Julieta Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles Professora sem classe Missão Madrinha de Casamento Um zelador animal Footloose (2011) Os três mosqueteiros ** (bom) Avatar Nine Percy Jackson e o ladrão de raios Um olhar do paraíso Simplesmente complicado Alice no País das Maravilhas Fúria de Titãs A Saga Crepúsculo: Eclipse Shrek Para Sempre Encontro Explosivo O Bem Amado Meu malvado favorito Salt Como cães e gatos 2 - a vingança de Kitty Galore A Lenda dos Guardiões Jogos Mortais 7 Scott Pilgrim contra o mundo Um parto de viagem As Crônicas de Nárnia - a viagem do Peregrino da Alvorada O Turista Amor e outras drogas 127 horas Besouro Verde Burlesque Bruna S

Crítica: Amanhecer - parte 1

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Mais uma saga extremamente lucrativa está chegando ao fim em Hollywood. Depois da Warner perder sua mina de ouro, Harry Potter, é a vez de um estúdio bem menor dar adeus a uma série de filmes que terminará com um último capítulo dividido em duas partes. Preparem-se fãs, pois se novamente isto der certo (como tudo garante que irá acontecer), está feita a nova modinha do cinema americano. Questões mercadológicas à parte, a divisão fez bem para Amanhecer - parte 1. Por questões diversas. Primeiramente, por aplacar a sede de Crepúsculo das fanzocas adolescentes com um filme a mais de vampiros pálidos românticos nas telas; e segundo, e mais importante, por dar uma chance de desenvolver de maneira mais abrangente certos aspectos da história, mesmo que para muitos fique a impressão de uma baita enrolação. O quarto livro da saga de vampiros da escritora Stephenie Mayer era o maior e realmente mais complexo de ser adaptado. De narrativa longa e estratificada, o que o faz parecer mais de um livr

Crítica: O Palhaço

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Não é por acaso que atores se tornam cineastas. A vivência e a entrega a um personagem algumas vezes é tão intensa, que estes profissionais se vêem como pessoas diferentes, seja em gestos, pequenos trejeitos, ou até mesmo na forma de falar. Talvez essa captura da essência de linguagem e personalidade de outro seja fundamental para um extrapolo de sentimentos e emoções muitas vezes bastante distintas, que transpõem a barreira individual e elevam exponencialmente sua visão de mundo, favorecendo a expressão de idéias, a manipulação de imagens e a construção de tipos. Atores são capazes de se tornar diretores fantásticos por este motivo. Selton Mello é um deles. A incursão de Selton por trás das câmeras é um tanto recente: em 2008, ele dirigiu seu primeiro filme, o drama Feliz Natal. O filme fez um relativo sucesso e abriu as portas do ator para a nova carreira. Com O Palhaço, ele mostra que a maturidade chegou depressa, apresentando um filme poético, intimista e emocionante. O palhaço con

Pôster da semana: Martha Marcy May Marlene, de Sean Durkin (Inglaterra, 2011)

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Crítica: A Pele que Habito

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Fica complicado de acompanhar a carreira de diretores como Pedro Almodóvar. Deixe-me explicar o ponto de vista que está gerando esta frase. Trata-se de um dos maiores diretores do cinema mundial, um artista que tem uma visão única e autoral de linguagem cinematográfica, e que geralmente apresenta trabalhos carregados de humanismo e metalinguagem. Pois é: não gera uma enorme expectativa cada nova produção de um gênio deste calibre? A problemática - e a explicação da frase - estão aí. Com excesso de expectativa ou não, um filme de Almodóvar é sempre um filme de Almodóvar, logo, sempre vale a pena. Mesmo não sendo genial como Tudo sobre minha mãe; hilário como Mulheres à beira de um ataque de nervos; ou sensível e deliciosamente provocante como Fale com ela. A pele que habito é marcante pois, apesar de não ser um dos trabalhos mais vigorosos do diretor, flerta com um gênero que ele ainda não havia brincado: o terror psicológico. A pele que habito é um Frankenstein moderno, bem ao estilo d

Crítica: Os Três Mosqueteiros

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Parece que de propósito não querem deixar Alexandre Dumas descansar em paz. Pode-se dizer que Hollywood tem boa parte de culpa no cartório, afinal de contas, a quantidade de adaptações capengas das obras clássicas do escritor que já foram produzidas pelos estúdios americanos não é pouca. Para piorar, os "inteligentes" executivos da Summit Enterteinment - que já cometeram coisas como Crepúsculo - resolveram atiçar ainda mais a modinha de atualizar os contos clássicos com toques mais modernosos (já fizeram um semi-estrago recentemente com A menina da capa vermelha ) para transformar um filme de capa e espada em uma espécie de Matrix medieval. E assim surgiu esta nova versão de Os três mosqueteiros. As notícias do filme já não eram animadoras desde o início de sua produção. Para a cadeira de diretor, foi escalado Paul W.S. Anderson, que tem em sua carreira em maioria filmes de orçamento minguado baseados em jogos de videogames (são dele a série Resident Evil e o primeiro Mortal

Critica: Gigantes de Aço

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Só quem um dia praticou, amador ou profissionalmente, consegue entender o quão magistral é este esporte chamado boxe. E Hollywood, não é de hoje, tem uma paixão declarada pelos heróis dos ringues, já demonstrada em sucessos diversos como Rock, um lutador , Touro Indomável, A luta pela esperança e o recente O vencedor. Mas ainda não se havia visto no cinemão ianque nada parecido com o que é este Gigantes de aço. Parece que Steven Spielberg gostou de robôs gigantes, depois de produzir a bem sucedida trilogia Transformers. Mas se os filmes de Michael Bay tinham como problema os roteiros capengas, isso não acontece aqui: os robôs são menores, tão determinados quanto, e estão acompanhados de um elenco verdadeiramente cativante, encabeçado pelo astro Hugh Jackman. Não é por menos dizer que Gigantes de aço seja a maior surpresa da temporada de blockbusters de 2011. E quem diria que um diretor acostumado a realizar comédias pastelão seria capaz de entregar um filme de ação e aventura tão contu

Pôster da semana: "Drive", de Nicolas Winding Refn (EUA, 2011)

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Crítica: Jurassic Park

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Ninguém que ama de verdade o Cinema de entretenimento vai esquecer o verão de 1992. Naquele ano, das mentes brilhantes de caras como Michael Crichton, John Williams e Steven Spielberg, surgia o filme que se tornaria um marco em vários aspectos na cultura pop, seja pela sua importância para a indústria de efeitos especiais, sua relevância na cadeia midiática de vendas de produtos baseados em sua marca, ou mesmo pelo brilhantismo de sua direção de arte, design de produção e efeitos sonoros: Jurassic Park é um divisor de águas do Cinema, um filme tão importante para esta grande indústria quanto qualquer outro já realizado. Obviamente, minhas palavras são proferidas por demasiada paixão: foi por causa do Parque Jurássico que abri as portas para o maravilhoso mundo da sétima arte. O filme era para mim uma chance de ver na tela grande as incríveis criaturas que foram os dinossauros - bichos pelos quais sempre fui fascinado. E foi com este intuito que entrei naquela sala de cinema pela primei