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Mostrando postagens de julho, 2011

Crítica: Capitão América - O Primeiro Vingador

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O ano de 2011 quebrou alguns paradigmas no que se diz respeito às adaptações de quadrinhos do Universo Marvel. Para começar, introduziu o universo mágico da editora, enraizado de maneira exemplar pela Asgard de Thor. Em X-Men - primeira classe, flertou com a Era de Prata dos quadrinhos, ao situar a trama durante os anos 60. E agora, com Capitão América - O Primeiro Vingador, entrega o primeiro filme de super herói totalmente desenvolvido na época da Era de Ouro das criações de gênios como Bob Kane, Joe Simon, Jack Kirby, entre outros. Este foi com certeza o trabalho de casa mais difícil do Marvel Studios até aqui. Em suma, apresentar o Capitão América para o grande público é tentar disfarçar de alguma forma pontos vitais de sua caracterização clássica, já que sua criação na década de 40 se deu durante a explosão dos quadrinhos de guerra nos EUA, que possibilitaram a estréia de todos os heróis patrióticos. Hoje, quando os lucros de um filme são representados quase que 70% pelos mercado

Pôster da semana: "Os Vingadores", de Joss Whedon (EUA, 2012)

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Critica: O Ursinho Pooh

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A tradição dos estúdios Disney sempre foi da animação artesanal, aquela de papel e lápis, palhetas de cores naturais e visual pouco arrojado. Foi apenas na década de 90, com os desenhos da retomada da produção do estúdio que os efeitos especiais foram inseridos na mistura, e criaram cenas antológicas como a valsa de A Bela e a Fera; a debandada de O Rei Leão; a multidão que circulava a Catedral de O Corcunda de Notre Dame, entre outras . Depois disso, para a animação digital foi um pulo. É claro que o estúdio do Mickey não poderia deixar de revisitar seu estilo mais clássico pelo menos algumas vezes nos cinemas. E se A Princesa e o sapo foi um flerte com as animações tradicionais mais elaboradas, O Ursinho Pooh traz de volta o lirismo de obras mais ingênuas como Bambi ou O cão e a raposa. Impossível existir alguém que não conheça os clássicos personagens de A.A. Milne, moradores do fictício Bosque dos Cem Acres. Pooh, Ió, Tigrão, Leitão, Abel, Guru, Can, Corujão e Christopher Robin faz

Pôster da semana: "Hugo", de Martin Scorcese (EUA, 2011)

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Crítica: Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2

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Me lembro como se fosse hoje daquele 16 de novembro de 2001. Uma multidão animadíssima se enfileirava em frente a um cinema de um bairro de classe média carioca, aguardando para pegar um bom lugar, afinal de contas, àquela época ainda não haviam se tocado da grande ideia que era as cadeiras marcadas nos cinemas. A espera era longa, quase 2 horas. Quando as portas se abriram, correram em disparada crianças, jovens e adultos, todos parecendo ter a mesma idade. Jeans e camisetas se misturavam a vestes longas de cor negra, bonés davam lugar a chapéus pontudos de papelão. No entanto, uma coisa era idêntica e imutável: os rostos de todos, que transbordavam a alegria por estarem ali. Não é fácil transpor em palavras uma paixão. Seja ela por um pai e uma mãe. Por uma garota. Pela carreira. Alguns podem dizer ser tolo que existam apaixonados por uma obra de ficção. Mas eles existem. E naquela noite de novembro, 10 anos atrás, quando uma coruja apareceu na tela sentada em uma placa de madeira co

Crítica: Os Pinguins do Papai

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Pinguins se tornaram ícones da cultura pop, e estão hoje em dia na TV (na série da Nickelodeon, Os pinguins de Madagascar, spin-off do divertido filme da Dreamworks), nas bancas de jornais ( Club Penguin, jogo infantil que virou mania) e, com força, no cinema ( A marcha do Imperador, Happy Feet e Tá dando onda são alguns dos títulos recentes que exploram os simpáticos animais). Era mesmo de se esperar que, com todo este sucesso, uma adaptação do livro infantil clássico Mr. Popper's Penguins fosse ganhar as telas de cinemas mais cedo ou mais tarde. Apesar da obra ser pouco conhecida no Brasil, não é estranha para aqueles acostumados a ler histórias em quadrinhos da Disney - os pinguins dos escritores Richard and Florence Atwater já contracenaram nos gibis com figurões como Tio Patinhas, Mickey, Donald e Pateta. E como não podia deixar de ser, o livro virou um filme família do verão americano. E estrelado por ninguém mais, ninguém menos, que Jim Carrey. Pena que o astro não consiga

Crítica: Contra o tempo

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Tem gente que acha que Matrix acabou com o cinema. Não concordo. Apesar de não ser um dos fãs entusiastas do filme dos Irmãos Andy e Larry Wachowski (o original, ok? Não as dispensáveis continuações caça-níqueis), tenho que concordar que ele se tornou uma revolução no cinema moderno, e começou a ditar o visual que os filmes de ação deveriam ter dali a diante. Obviamente que seguir apenas um estilo não é o ideal. Para um cineasta se destacar, ele precisa ter personalidade. E foi o que conseguiu o diretor e roteirista Duncan Jones, que baseando-se em uma teoria científica doida, conseguiu realizar um dos filmes mais originais do gênero de ficção científica a surgir nas telas nos últimos anos. Contra o tempo é daqueles filmes que te fazem ficar grudado com os olhos na tela do início ao fim. E se você esperava uma experiência cinematográfica comum, isto já cai por terra logo nos primeiros minutos, com uma sequência de planos que se alternam de maneira empolgante e situam o expectador do a

Crítica: Potiche - esposa troféu

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Comédia é um estilo complicado de cinema. O motivo, obviamente, é da ganância dos produtores que preferem seguir fórmulas fáceis que são garantia de lucro, já que geralmente estes filmes são mais populares. Basta observarmos o que a Globo filmes faz no Brasil, lançando filmes dispensáveis como Se eu fosse você e Qualquer gato vira lata, ou Hollywood e suas franquias idiotas de filmes paródia. O mais interessante de acompanhar o cinema produzido em outras partes do mundo é fazer um paralelo de como determinado autor resolve desenvolver um tipo específico de história. Veja o francês François Ozon, por exemplo. Seu cinema não segue uma vertente específica - vide filmes como O amor em cinco tempos, 8 mulheres ou o mais recente O refúgio. Embora com frequência ele retorne ao gênero de comédia e realize pequenas obras-primas, sua produção é diversificada e foge do lugar comum. Para quem gosta de juntar diversão e qualidade na mesma mistura, Potiche - esposa troféu é o programa mais do que ad