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Mostrando postagens de junho, 2012

Crítica: Sombras da Noite

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A parceria entre Tim Burton e Johnny Depp já rendeu ótimos momentos no Cinema, como a inusitada história de Frankenstein que é Edward Mãos de Tesoura; a divertida revisão do clássico A fantástica fábrica de chocolates; o terror com trejeitos cômicos de A lenda do cavaleiro sem cabeça; e até mesmo uma história musical macabra, Sweeney Todd - o barbeiro demoníaco da Rua Fleet. O caldo começou a entornar em 2010, com o grande sucesso de bilheteria Alice no País das Maravilhas, em que o diretor desconstruiu quase que totalmente a clássica história de Lewis Carrol e entregou para seu companheiro mais recorrente nas telas um Chapeleiro Louco que não era nem a sombra do personagem clássico que já havia sido apresentado de maneira antológica pela animação da Disney na distante década de 50. Não era de se esperar que Tim Burton mudasse totalmente seu estilo para seu próximo projeto, já que estamos falando de um dos diretores mais autorais de Hollywood, e que entre outras esquisitices, tem

Pôster da semana: 'Hotel Transilvânia, de Genndy Tartakovsky (EUA, 2012)

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Crítica: Prometheus

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Não é todo diretor que pode se gabar de dizer que criou um gênero cinematográfico. Ridley Scott é um destes raros exemplos. Na década de 70, após a explosão de Star Wars, todo estúdio em Hollywood queria explorar a mania que se tornou os filmes espaciais. Mas o inglês ousou mais: ao invés de desenvolver um filme de ficção científica família, criou o conceito de horror scy-fy e entregou para o cinema um de seus maiores clássicos, Alien, o oitavo passageiro. O primeiro Alien é um exemplo de filme que envelhece muito bem. Mesmo com o ápice dos efeitos visuais atingido nos últimos anos, o trabalho feito no filme ainda impressiona, principalmente se considerarmos a última versão lançada em Blu-ray. Alien ainda inspira diversas obras cinematográficas, e sua cinessérie foi o empurrão nas carreiras de diretores como James Cameron e David Fincher - embora, é importante dizer, o único filme que faça frente à genialidade do original seja Alien, o resgate. Não é preciso falar que a ideia de S

Pôster da semana: 'Pacific Rim', de Guilhermo Del Toro (EUA, 2013)

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Crítica: Deus da Carnificina

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Roman Polanski não é um cineasta que gosta de trabalhos fáceis. Sua filmografia é tão polêmica quanto sua persona, amparada por clássicos como O bebê de Rosemary e seu melhor e imbatível filme, Chinatown. Mas nos últimos anos, o diretor não tem conseguido demonstrar sua genialidade, entregando produções burocráticas que visivelmente poderiam render mais. Deus da Carnificina sofre deste mal. Apesar de contar com um elenco de gênios na arte da representação e um texto com diálogos sensacionais, acaba se tornando refém da estrutura da obra a que se origina (uma famosa peça teatral) e não decola. Deus da carnificina acompanha dois casais que se reúnem para discutir um ato de violência que envolveu seus filhos. O que começa como uma civilizada conversa intermediada entre as duas mães - a neurótica Penelope (Jodie Foster) e a rígida Nancy (Kate Winslet) - acaba por se tornar um duelo verbal pelas interferências atrapalhadas de seus maridos, Michael (John C. Reilly) e Alan (Cristoph Waltz)

Trailer: Detona Ralph

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A Disney não estava fazendo muito alarde sobre seu próximo projeto de animação, mas depois da boa recepção deste trailer, a coisa começou a mudar. Detona Ralph  promete ser uma aventura inspiradíssima que se passa no mundo dos videogames, e desde já se torna um dos mais esperados filmes do fim de ano.  Será que veremos um novo Uma cilada para Roger Rabbit , mas desta vez homenageando os games? Expectativa em alta!!!

Crítica: Madagascar 3

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Quando a Dreamworks lançou o primeiro  Madagascar  nos cinemas, muita gente franziu o rosto. As animações passavam por um momento de investir em premissas diferentes e, por que não, histórias mais sérias e adultas. Neste quadro, a ideia de uma comédia envolvendo animais `falantes`não seria exatamente original, se olharmos para a história das animações no cinema. O que não foi levado em consideração é que a cinessérie  Madagascar  é uma baita homenagem aos mestres da animação clássica de Hollywood, como Chuck Jones e Walter Lantz. Os animais de  Madagascar  são doidos, inconsequentes e visualmente exagerados, muito parecidos com os clássicos Looney Tunes ou o Pica-pau. E o melhor da franquia animada da Dreamworks é que chegamos ao terceiro capítulo sem perder nadinha da essência que transformou a obra em um grande sucesso. Madagascar 3  termina exatamente onde o segundo filme parou: o leão Alex, a zebra Marty, a hipopótama Gloria e a girafa Melman estão vivendo a tão son

Crítica: Branca de Neve e o Caçador

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Quando foi dito que 2012 seria a batalha das Brancas de Neve pelas bilheterias, confesso que fiquei um pouco chocado. Não me entrava na cabeça de que forma Hollywood conseguiria lançar dois filmes com propostas diferentes em cima do clássico conto de fadas (e ainda havia um terceiro projeto da Disney, que acabou cancelado).  O primeiro que chegou aos cinemas foi Espelho, espelho meu que investiu em uma trama bobinha de comédia que tinha como maior chamariz o fato da atriz Julia Roberts ser a intérprete da rainha má. Já Branca de Neve e o Caçador era mais pretencioso: queria ser uma mistura de O senhor dos anéis com Alice no País das Maravilhas  de Tim Burton. Ficou apenas na promessa. O filme acaba sendo bastante parecido com o anterior ao menos em um sentido: aqui, quem faz a diferença é a atriz que faz a antagonista. Mas sai Julia Roberts e entra Charlize Theron. A belíssima atriz sul-africana usa todo o seu charme para compor uma Rainha Ravenna sádica e má de verdade. O