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Mostrando postagens de março, 2017

Crítica: Vigilante do Amanhã - Ghost in the Shell

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A indústria do entretenimento japonesa é uma das mais ricas do mundo. Se considerarmos todo o material produzido na terra do sol nascente entre mangás, animes, livros, filmes e programas de TV, seriam necessários muitos anos para qualquer um se sentir minimamente imerso neste universo.  Não é de se estranhar então que Hollywood vez por outra procure inspiração em terras nipônicas para sua produção cinematográfica. Podemos citar alguns exemplos, como Círculo de Fogo, o novo Godzilla e, por que não, o recente filme dos Power Rangers. Mas ainda não tínhamos visto um projeto que adaptasse na íntegra e com fidelidade um mangá de sucesso e tão representativo e importante para a cultura pop quanto Ghost in the Shell. Mas  Vigilante do Amanhã - Ghost in the Shell  pode ser o começo de uma virada muito bem vinda nesta história. Mesmo com toda a polêmica da escalação de Scarlett Johansson para o papel principal (que reacendeu a discussão do  whitewashing em Hollywood) , o filme é uma ad

Crítica: A Cabana

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O romance A Cabana de William P. Young se tornou um sucesso global desde seu lançamento em 2007, vendendo mais de 18 milhões de cópias. Apesar de ser um livro essencialmente cristão, trata de temas que são reconhecíveis para os praticantes de qualquer religião, e sua mensagem de amor e perdão emociona até mesmo os corações mais resistentes. Um projeto para um filme baseado no best-seller já circulava há alguns anos em Hollywood, e por muito tempo a maior curiosidade foi a escalação do elenco que interpretaria personagens tão singulares quanto os apresentados na obra. Agora que A Cabana  chega aos cinemas, os fãs podem ficar tranquilos: um dos maiores acertos do filme é o time formado por Sam Worthington, Octavia Spencer, Avraham Aviv Alush e Sumire Matsubara. Em A Cabana , Mackenzie Phillips ( Sam Worthington) vive um longo período de luto pela perda da filha mais nova, que foi sequestrada e brutalmente assassinada. Um dia, ele recebe uma carta que teria sido enviada a el

Crítica: O Poderoso Chefinho

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Os últimos anos tem sido difíceis para a Dreamworks Animation. Depois do fracasso de Turbo e As aventuras de Peabody e Sherman, o estúdio precisou fechar uma de suas principais divisões de animação, a PDI, e reduziu drasticamente seus lançamentos, desempregando um grande número de profissionais. Vários projetos foram cancelados, dentre eles a sequência de Os Croods e o musical Larrikins, que teria Hugh Jackman e Margot Robbie no elenco.  Mas desde que passou a ser um braço da Universal Pictures, que também é dona do estúdio Illumination ( Meu malvado favorito,  Minions ) , as coisas parecem ter se ajeitado para a Dreamworks, e em 2016 o estúdio conseguiu dois relativos sucessos de público:  Kung Fu Panda 3 e o colorido Trolls.  Para tentar manter o bom resultado de público e crítica, chega aos cinemas O Poderoso Chefinho , animação de Tom McGrath, o mesmo diretor da trilogia Madagascar, com roteiro adaptado de um livro de mesmo nome, escrito e ilustrado por Marla Frazee, uma r

Crítica: Fragmentado

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Um grande sucesso de público e crítica no início da carreira pode ser uma benção ou uma maldição. Que o diga M. Night Shyamalan. O indiano que conquistou o mundo com O sexto sentido até hoje é assombrado pelos fantasmas do longa que o tornou famoso: a cobrança do público pela repetição do  plot twist*  em qualquer trabalho que leve seu nome e a expectativa dos estúdios pelo retorno financeiro expressivo nas bilheterias. Embora Corpo Fechado, Sinais e A Vila tenham mantido o padrão narrativo e se saído bem financeiramente, desde então a carreira do diretor tem sido uma sequencia de projetos que mais prometem do que cumprem, e bombas como Fim dos tempos e Depois da terra colocaram sua credibilidade em cheque.  Mas Fragmentado está aí para provar que o diretor ainda tem muito a oferecer para o cinema hollywoodiano e para o gênero de suspense psicológico.  Assim como no seu filme anterior (o subestimado  A Visita),  Fragmentado   aposta no minimalismo para surpreender o pú

Crítica: Power Rangers

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Na década de 80, os seriados Super Sentai  eram uma febre no Japão, e rapidamente se espalharam pelo mundo. O sucesso de criações como Changeman, Flashman e Maskman nos Estados Unidos   foi tanto que surgiu a Saban Entertainment, que ficaria conhecida por lançar a primeira produção no formato originalmente americana, os Power Rangers. Com quase trinta anos desde o seu lançamento, a franquia Power Rangers já rendeu na televisão mais de 20 produções diferentes além de 3 filmes para cinema, mas Hollywood nunca havia apostado na série para investir em uma super produção milionária. Isso mudou com a popularização dos filmes de super heróis.  Apostando no público jovem e na nostalgia dos fãs noventistas,  Power Rangers chega agora aos cinemas com um investimento de 100 milhões de dólares, atores do gabarito de Bryan Cranston no elenco e a vontade de criar uma nova franquia para a Lionsgate, ainda na ressaca do encerramento de Jogos Vorazes. Não seria muito difícil impress

Crítica: A Bela e a Fera

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Desde que começou a transformar seus sucessos animados em filmes com atores, a Disney tem alternado fidelidade e ousadia. Em Alice no país das maravilhas, Tim Burton dispensou o material original para contar uma nova história, priorizando o apuro visual. Com Malévola, Robert Stromberg apostou todas as fichas no carisma de Angelina Jolie para reescrever a origem de uma das maiores vilãs do estúdio e torná-la protagonista. Em Cinderella, Kenneth Branagh captou toda a sensibilidade do clássico mas dispensou a fabulosa trilha sonora, que acabou fazendo falta. Já em Mogli, Jon Favreau trouxe à vida a selva indiana e os amigos animais do menino lobo abusando dos mais avançados recursos de computação gráfica e não negligenciou as canções eternas que embalaram os sonhos de muitas gerações. Faltava dar o passo mais ambicioso: recriar na íntegra um dos grandes musicais que encantaram as audiências no fim do último século. Não é por acaso que o escolhido para iniciar esta nova fase seja um d

Crítica: Tinha que ser ele

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Em Hollywood, é comum se usar a expressão "packs" para grupos de atores, produtores e roteiristas que sempre trabalham juntos. James Franco e Jonah Hill são um exemplo clássico, e filmes como É o fim, Segurando as pontas e até a recente animação Festa da Salsicha tem envolvimento da dupla e outros constantes membros como Seth Rogen e Ben Stiller. O que estes projetos tem em comum? Todos são comédias onde o politicamente incorreto e o escatológico caminham de mãos dadas.  Embora algumas vezes saiam filmes interessantes desta mistura, não é o caso de  Tinha que ser ele , que tem Hill como um dos roteiristas, Stiller como produtor e Franco como protagonista, juntamente com Bryan Cranston, o Heisenberg da inesquecível Breaking Bad. Tinha que ser ele  já tem na sua premissa um clichê muito batido das comédias americanas, o " conhecendo os pais da noiva". Poderia gastar linhas e mais linhas desta crítica enumerando os filmes que utilizaram esta construção nar

Crítica: Kong - A Ilha da Caveira

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Todos que amam o Cinema Hollywoodiano tem em suas lembranças aquelas cenas marcantes que nunca saem da memória: seja o assassinato de uma jovem no chuveiro, o lamento de um homem em frente aos escombros da Estátua da liberdade ou o juramento de uma mulher de nunca mais sofrer com a fome e a pobreza. Você pode até pensar em muitas outras, mas com certeza uma delas será a de um certo macaco que escala um prédio icônico de uma das maiores cidades do mundo. Assim como o Empire State Building, King Kong também é um ícone americano. O macaco gigante deu as caras pela primeira vez em 1933 assombrando as audiências com efeitos em stop motion nunca vistos até então. Retornou em 1976 com mais orçamento, Jessica Lange como seu grande amor e trocando o Empire State por uma das torres do World Trade Center, inaugurado poucos anos antes. E teve sua versão definitiva em 2005 com a superprodução de Peter Jackson, que era uma carta de amor ao filme original e, por que não, ao próprio cinema. E