Crítica: Dentro da casa
François Ozon gosta de enganar a platéia com seus suspenses com roteiros bem construídos e cheios de reviravoltas. Com 8 mulheres, ele misturou comédia e musical na história de um grupo de mulheres que se envolve em um crime em seu seio familiar bem ao estilo dos contos de Agatha Christie; em À beira da piscina, ele conta a história de uma escritora em crise criativa que, ao passar uma temporada na casa de seu editor, tem uma convivência cheia de turbulências e ambiguidades com sua filha adolescente, que muda os rumos de seu livro e da sua própria vida; e no recente Potiche, discutiu sexismo e o papel da mulher no mercado de trabalho com coragem suficiente para quebrar o paradigma do sexo frágil. Era de se esperar que seu filme seguinte tratasse de algum assunto polêmico e viesse com alguma surpresa. Dentro da casa, que é adaptação de uma peça teatral homônima de Juan Mayorga, tem tudo que o diretor gosta para fazer sua conhecida mistura de gêneros - aqui, temos doses homeopáticas de