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Mostrando postagens de janeiro, 2013
Crítica: O lado bom da vida
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Quem viu Bradley Cooper posando de galã em Se beber, não case jamais diria que ele se tornaria um ator de respeito. Mas os sinais já estavam sendo plantados faz algum tempo. Ele alternava muito bem trabalhos em gêneros como ação, comédia e drama. Em 2011, com Sem Limites, ele supreendeu como o loser que, do dia para a noite, se tornava um bem sucedido homem de negócios em Wall Street graças a uma droga que dava ao seu cérebro habilidades super-humanas. Mas é sob a batuta de David O. Russel que Cooper finalmente atinge o auge do sucesso e entrega sua performance mais envolvente, com os devidos méritos da parceira de elenco e queridinha do momento em Hollywood, Jennifer Lawrence. Cooper e Lawrence são como uma força da natureza juntos na tela. E a química dos dois atores é muito do que se pode justificar para o sucesso extraordinário que esta comédia familiar vem alcançando em todo o mundo. O lado bom da vida passou, de surpresa dos festivais de Veneza e Toronto, para um dos gran
Crítica: O Mestre
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Depois de Sangue Negro, Paul Thomas Anderson não precisava provar mais nada para ninguém. Com uma das carreiras mais regulares do cinema atual, este Californiano fã de Renoir, Truffault e Scorcese faz de seus filmes um verdadeiro laboratório de experiências cinematográficas. Talvez por isso sua carreira seja marcada por tão poucos - mas marcantes - trabalhos. Mas se expor as mazelas do surgimento do mercado de óleo e gás nos EUA já era uma ousadia e tanto - o livro em que se baseava o filme, Oil, é uma das mais controversas obras literárias da atualidade na América do Norte -, Paul Thomas Anderson não quis fazer por menos em sua nova empreitada. Em O Mestre, ele faz um retrato minucioso de um líder fictício de uma religião alternativa (inspirado no cientologista L. Ron Hubbard) sob o olhar de um dos seus seguidores desequilibrados, mostrando o poder que uma mente dominadora tem sobre outra fraca ou submissa. Entre outras palavras, Paul Thomas Anderson faz uma crítica a todos os falsos
Crítica: Lincoln
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Um filme dirigido por Steven Spielberg sempre gera uma expectativa acima da média. Não é para menos. O midas da indústria do Cinema americano é pai de alguns dos maiores sucessos da sétima arte e ainda tem no curriculum jóias como A Lista de Schindler . Mas, como muitos cineastas, Spielberg tem aquele lado político que às vezes resolve aflorar e ficar à frente de seu talento como contador de histórias. Lincoln, pode-se dizer, é o filme certo para um ano de eleições americanas em que o presidente Obama estava visivelmente em baixa. O presidente americano da época da Guerra de Secessão é um dos mais idolatrados do país, e teve como uma das realizações de seu período como governante a libertação dos escravos negros. Spielberg, abertamente favorável ao atual presidente dos EUA, enche seu filme de situações panfletárias e descamba o que deveria ser uma biografia para apenas um bom filme sobre uma figura histórica em uma fase específica de sua vida. Spielberg não é bobo, e convocou para
Pôster da semana: 'O Mestre', de Paul Thomas Anderson (EUA, 2012)
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Crítica: Amor
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A pressa que temos em seguir com todas as nossas responsabilidades cotidianas às vezes mascara uma verdade dura e irreparável: a vida não é tão longa quanto parece. Nós envelhecemos mais rápido do que gostaríamos, e nossos entes queridos com velocidade ainda mais esmagadora. Ao olharmos álbuns de fotografias, aquelas lembranças, por mais que sejam felizes, ferem nossa alma por dentro como ferro em brasa. Somente um cineasta como Michael Haneke para conseguir externalizar todos estes sentimentos de forma tão sutil e ao mesmo tempo tão intensa. O diretor austríaco, autor de obras perturbadoras como Violência gratuita , Cachê e A Fita branca é um mestre em expor em seus filmes os mais complexos sentimentos humanos. Neste seu último projeto, ele trabalha aquele que é o mais puro deles de uma forma emocionante e poderosa, não poupando os expectadores de sofrer a cada momento junto com seus personagens. Amor é um filme que representa na síntese o que seu título significa.
Crítica: Django Livre
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Poucos diretores entendem tão bem a linha tênue que existe entre a arte e o entretenimento no cinema quanto Quentin Tarantino. Alguns até tentam seguir por ambas as vertentes, mas geralmente optam por fazê-lo em trabalhos distintos. O toque de gênio deste americano do Tennesse é misturar muito bem ambas as coisas em um filme só. Se esta fórmula já havia rendido pequenas obras primas como Cães de Aluguel , Pulp Fiction e o mais recente Bastardos Inglórios, em Django Livre ela atinge seu ápice: Tarantino continua insano, violento, pop... e agora encontrou em Cristoph Waltz o parceiro ideal para fazer o público delirar. É inegável que o ator austríaco mais uma vez rouba a cena - ele já havia sido arrebatador como o Cel. Hans Landa de Bastardos Inglórios. Mas o mais interessante é a estrutura narrativa que Tarantino escolheu para desenvolver a jornada dos dois personagens, o Dr. King Schultz (Waltz) e Django (Jamie Foxx). No primeiro ato, Django é apenas um coadjuvante, impre
Pôster da Semana: "Indomável Sonhadora", de Benh Zeitlin (EUA, 2012)
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Crítica: Cloud Atlas
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Os irmãos Andy e Lana Wachowski, pelo visto, não perderam a síndrome do rei na barriga mesmo depois do fracasso de Speed Racer. A adaptação do mangá custou mais de 120 milhões aos cofres da Warner e faturou pouco menos da metade deste montante nos EUA (curiosamente, trata-se do melhor filme da dupla). Depois de alguns anos apenas atuando nos bastidores como produtores, de onde saíram produtos bem sucedidos como V de Vingança e micos como Ninja Assassino, resolveram unir-se ao visionário alemão Tom Tykwer - diretor do delicioso e visualmente impactante Corra Lola, Corra - para adaptarem o considerado infilmável romance de ficção Cloud Atlas. Com tanta soberba quanto em Matrix, eles entregam um trabalho novamente cheio de técnica e repleto de furos de roteiro, enfeitado por um punhado de filosofia de botequim. Cloud Atlas já começa errado na duração: cerca de 3 horas, em que somos apresentados a pelo menos 6 histórias distintas, que se passam em linhas temporais que variam de u
Pôster da semana: "Pain & Gain", de Michael Bay (EUA, 2013)
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Crítica: Detona Ralph
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A Disney já não reina absoluta no mundo da animação. O estúdio do Mickey, dono de clássicos inesquecíveis como Branca de Neve e os sete anões, Pinóquio, A Dama e o Vagabundo e os mais recentes A Bela e a fera e O Rei Leão, dentre outros, ganhou competidores de peso para brigar pelo coração de crianças e adultos do mundo todo. Em comparação à ousadia de alguns deles, parecia que os herdeiros do mestre Walt tinham ficado para trás, perdidos no tempo. Mesmo sucessos esporádicos de público como Lilo & Stitch e A Nova onda do Imperador não conseguiram balançar a crítica especializada, que ainda considerava a Disney desacreditada no ramo. Foi preciso deixar de lado a técnica clássica de animar com papel e lápis e se entregar ao mundo do CGI para que esse quadro começasse a mudar. O Galinho Chicken Little deu a largada decepcionando um pouco no resultado final, mas conseguindo um bom retorno na bilheteria. A Família do Futuro e Bolt foram menos bem sucedidos financeiramente, mas con