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Mostrando postagens de dezembro, 2010
Crítica: Enterrado Vivo
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Imagine-se acordando dentro de uma caixa totalmente fechada, tendo à mão apenas um isqueiro e um telefone celular. Você não sabe quem lhe colocou ali, nem onde está localizado de verdade. Seu tempo é curto, pois o ar é rarefeito, e seu único meio de comunicação com o mundo exterior está por um fio - a bateria do celular está acabando. Se apenas de imaginar esta situação você já sentiu calafrios, imagine acompanhar por 85 minutos o desespero de uma pessoa que está, efetivamente, vivenciando este terror. Não é estranho que até pouco tempo este roteiro circulava com uma etiqueta de "infilmável" nos corredores dos estúdios de Hollywood. Enterrado Vivo está longe de ser um típico filme do cinema americano. Para começar, Enterrado Vivo é um filme de natureza tipicamente alternativa. Mesmo a presença do astro Ryan Reynolds não conseguiu colocá-lo no primeiro escalão das estréias de 2010. É até compreensível, se considerarmos o roteiro pouco ortodoxo e o fato de o diretor ser um espa
Crítica: As Crônicas de Nárnia - a viagem do Peregrino da Alvorada
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Muita gente gosta de comparar o trabalho de C.S. Lewis com o de J.R.R. Tolkien. No entanto, as semelhanças entre As crônicas de Nárnia e O senhor dos anéis se limitam apenas ao fato de que ambas são obras de fantasia. A diferença fica ainda mais evidente agora, com o lançamento do terceiro filme baseado nos livros de Lewis, A Viagem do Peregrino da Alvorada. Difícil de acreditar que C.S. Lewis tenha sido um ateu confesso assistindo a este filme. Tal como os anteriores, A Viagem do Peregrino da Alvorada tem como figura central o Leão Aslan, uma "divindade" de Nárnia. Sempre atuando por trás das ações dos irmãos Pevensie - desta vez representados apenas por Lúcia e Edmundo -, o soberano do mundo fantástico é uma espécie de guia espiritual, e uma alegoria interessante do que seria Jesus Cristo para o escritor inglês. As cenas finais do filme, por sinal, transmitem uma mensagem com uma profundidade cristã impressionante. Este é o grande contraponto a O senhor dos anéis; apesar d
Melhores filmes de 2010
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10. Esquadrão Classe A Antes de tudo, um filme de ação inteligente. A adaptação da série de TV oitentista orquestrada pelo excelente diretor Joe Carnahan é adrenalina pura do início ao fim, e tem um elenco afinado que faz jus aos personagens clássicos da TV. 09. Zona Verde Não se poderia esperar menos que um filmaço da nova parceria de Matt Damon e Paul Grengrass. Depois da trilogia Bourne, o diretor direciona suas fichas para o conflito no Iraque, mantendo o estilo semi documentarial de outras obras como Domingo Sangrento e Vôo 93. 08. Amor sem escalas Os planos iniciais já demonstravam que o filme de Jason Reitman seria marcante. Com um roteiro de críticas ácidas a atual dinâmica do mercado de trabalho e a mediocridade que toma conta da classe empresarial, Amor sem escalas foge dos clichês das comédias românticas e surpreende pela originalidade. Ah, e mostrou ainda que Anna Kendrick é muito mais do que a Jéssica de Crepúsculo. 07. Guerra ao Terror O grande vencedor do Oscar 2010 é um
Os filmes que definiram a década
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Bem vindo ao século 21. Com esta saudação, começamos o ano de 2001. Entramos de pé direito na era de Aquário, e pudemos acompanhar mudanças significativas (e cada vez mais rápidas) na tecnologia. Com o cinema não foi diferente: o novo século trouxe uma safra extensa de filmes memoráveis, personagens extraordinários e a consagração de alguns gêneros cinematográficos que andavam em decadência. Enfim, a década que termina foi muito boa para a sétima arte. Para homenagear estes 10 anos incríveis que se passaram entre 2001 e 2010, escolhi alguns filmes que representam a gênese do que foram estes anos tão especiais para o cinema. A REDE SOCIAL (2010) David Fincher realizou um filme perfeito, com o dinamismo de uma montanha russa, diálogos ácidos e inteligentes, e que não tem medo de ser polêmico. A Rede Social é um marco da atual geração, onde a conexão virtual se tornou uma espécie de fuga da realidade. Nada melhor que o cinema para jogar a verdade nua e crua em nossa cara, sem piedade. * v
Crítica: Tron, o legado
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Criar uma nova franquia que renda milhões (ou, quem sabe, bilhões) de dólares é tudo o que um estúdio de cinema Hollywoodiano quer atualmente. A Disney, obviamente, não é exceção. E para tentar emplacar mais uma série milionária, resolveu mexer em seus arquivos históricos e resgatar o simpático Tron, uma odisséia eletrônica, filme de 1982 que foi um divisor de águas por apresentar, pela primeira vez, efeitos digitais em uma escala ampla em um longa metragem. Em plena era do 3D, uma notícia sobre uma continuação para Tron não poderia deixar de ser animadora, afinal de contas, o visual psicodélico-futurista-retrô do filme encaixava como uma luva para a tecnologia. No entanto, mais uma vez, optou-se por apresentar um espetáculo de efeitos visuais com roteiro praticamente inexistente. Assim é Tron, o legado. O filme começa logo após os acontecimentos do original, mostrando Kevin Flynn (Jeff Bridges) como CEO da Encom, a empresa responsável pelo sucesso do jogo Tron. O personagem tem um fil
Crítica: Skyline - A Invasão
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Dar asas à imaginação dos criadores de efeitos especiais pode ser uma faca de dois gumes. Se os mesmos forem contratados por um grande estúdio para dar sua contribuição em algumas cenas, ótimo. Mas nunca pense em entregar um projeto inteiro e dizer para eles: façam. É exatamente o que aconteceu com Skyline - a invasão. Os diretores de mais esta grande bobagem são os irmãos Colin e Greg Stause, que são sócios da empresa de efeitos especiais Hydrauxl, que trabalhou, entre outros, com os efeitos de Avatar (talvez venha daí a "inspiração" para realizar um filme que é apenas técnica e nada de roteiro). Confesso que fiquei ansioso pelo filme, quando soube que seria uma ficção científica de baixo orçamento e com atores fora do mainstream Hollywoodiano. Quem lê isto espera ao menos algo ao estilo Distrito 9. Mas ficou só na esperança: em Skyline, não existe um Sharlto Copley para entregar uma atuação memorável. Os atores, a maioria vindos do elenco de apoio de séries de TV, estão pés
Crítica: Demônio
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Não é preciso ser claustrofóbico para ter um certo medo de entrar num elevador. Vamos pensar: você está dentro de uma máquina suspensa, numa altura muitas vezes considerável, em um espaço mínimo, completamente fechado e com pouquíssimo oxigênio. Se estiver andando, ok, nenhum problema. Mas a história é outra se ele resolve parar. Poderia haver local mais adequado para se desenvolver um história de suspense sobrenatural? Foi o que pensaram os autores da pretensa trilogia The Night Chronicles , que estréia nos cinemas com seu primeiro filme, Demônio. A premissa da história é altamente promissora: cinco estranhos ficam presos em um elevador num edifício da Filadélfia, e estranhos eventos começam a ocorrer. Tudo por que um dos ocupantes seria nada mais nada menos que o demônio encarnado. A empolgação acaba por aí, infelizmente. Demônio não consegue convencer de verdade como filme de horror, quiçá de suspense. Para começar, diversas situações ocorrem e ficam sem explicação, como por exemplo