Crítica: Skyline - A Invasão
Dar asas à imaginação dos criadores de efeitos especiais pode ser uma faca de dois gumes. Se os mesmos forem contratados por um grande estúdio para dar sua contribuição em algumas cenas, ótimo. Mas nunca pense em entregar um projeto inteiro e dizer para eles: façam. É exatamente o que aconteceu com Skyline - a invasão.
Os diretores de mais esta grande bobagem são os irmãos Colin e Greg Stause, que são sócios da empresa de efeitos especiais Hydrauxl, que trabalhou, entre outros, com os efeitos de Avatar (talvez venha daí a "inspiração" para realizar um filme que é apenas técnica e nada de roteiro).
Confesso que fiquei ansioso pelo filme, quando soube que seria uma ficção científica de baixo orçamento e com atores fora do mainstream Hollywoodiano. Quem lê isto espera ao menos algo ao estilo Distrito 9. Mas ficou só na esperança: em Skyline, não existe um Sharlto Copley para entregar uma atuação memorável. Os atores, a maioria vindos do elenco de apoio de séries de TV, estão péssimos, e fica claro desde o início do filme que a culpa é da direção equivocada.
Não bastasse seu roteiro de quinta categoria - com diálogos que chegam a envergonhar até mesmo uma criança em alfabetização - e desenvolvimento zero dos personagens (alguns aparecem do nada e somem da mesma forma, sem ter sequer a chance de dizer o porque de estarem ali), os efeitos especiais são apenas corretos, nada inovadores, e deixam a todo momento um gostinho de déjà vu. Ou seja, nem na maior especialidade dos "diretores" eles conseguiram acertar.
Se podemos encontrar algo de bom, talvez, tenha sido a idéia de contar a história do ponto de vista de pessoas comuns, fugindo um pouco do clichê típico dos filmes de invasão alienígena, onde sempre tem alguém que conhece ou tem relações estreitas com personalidades na Casa Branca. Ah sim, e a destruição não se passa em Nova York: dessa vez os aliens escolhem Los Angeles, e apesar de uma única imagem mostrando a grande maça com problemas parecidos, não sobrou orçamento para mostrar nada maior. Sorte dos pobres new yorkers, que se livraram de mais um filme B.
O filme termina com um gancho tão pretensioso quanto ridículo para uma continuação, que, se Deus realmente existir, nunca irá ocorrer. Considerando que o estúdio produtor ainda está sendo processado pela Columbia Pictures por plágio criativo (credo!) de seu filme de invasão alienígena a estrear em março do próximo ano (Battle: Los Angeles te lembra alguma coisa?), é mesmo improvável que saia mais algum coelho desta cartola. O melhor é que aposentem logo o mágico, pois não existe truque nenhum que justifique este número para lá de equivocado.
Cotação: *
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