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Mostrando postagens de julho, 2012

Crítica: Batman, o Cavaleiro das Trevas Ressurge

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Em muito tempo o cinema não via uma temporada tão esperada de filmes como foi a do verão americano de 2012. Iniciada com Vingadores em abril, e tendo como outro destaque  Prometheus, em junho, a ansiedade não era pouca para os fãs destas franquias. No entanto, nenhuma espera causava tanto furor quanto a de Batman, o Cavaleiro das Trevas Ressurge. A expectativa era bastante justificável: em 2008, Batman, o Cavaleiro das Trevas  tomou o mundo com uma trama assombrosa que respeitava os quadrinhos mas também ousava em liberdades criativas de seu diretor, que transformou para sempre a forma de se fazer um filme baseado em HQs; dois anos depois, quando ninguém acreditava que Christopher Nolan pudesse fazer um filme ainda melhor, chegou aos cinemas o inventivo e impressionante A Origem , que se tornou o maior sucesso crítico do diretor e foi indicado ao Oscar de melhor filme. Nolan mostrou que tinha em sua filmografia uma regularidade invejável, onde cada filme seguinte, mesmo que não f

Crítica: Batman, o Cavaleiro das Trevas

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Quando Batman Begins estreou, Cristopher Nolan tinha prometido fazer de seu filme um marco para o gênero de adaptações de histórias em quadrinhos. Ele estava certo. Mas sua maior cartada ainda estava por vir, como ficou claro na cena final do filme de 2005. Nolan havia preparado uma entrada para seu espetáculo mais grandioso: Batman, o Cavaleiro das Trevas.  O filme   chegou aos cinemas arrematando milhões nas bilheterias, ganhando o respeito do público e da crítica, e alçou a um patamar quase inalcançável o que seria um filme de super heróis. Mas o caminho até esse grande sucesso não foi fácil. Nolan enfrentou diversos problemas desde a pré-produção, mas teve o apoio de uma campanha de divulgação das mais bem sucedidas em muitos anos, que praticamente definiu o que seria o marketing viral daquele momento em diante em Hollywood. Houve quem disesse que o êxito de Batman, o Cavaleiro das Trevas também se deveu em muito ao marketing gratuito que o filme ganhou com a tragédia que antec

Crítica: Batman Begins

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Em 2000, o mundo foi apresentado a um gênio da sétima arte que entregava ao cinema aquela que seria a primeira de muitas obras primas: Amnésia, um drama de baixo orçamento inovador que contava - de trás para frente - a história de um homem que sofria de perda de memória recente e estava envolvido em uma trama de sexo, traição e violência. Aplaudido por onde passou, o filme foi indicado ao Oscar de roteiro original e colocou os holofotes no até então desconhecido Christopher Nolan. Meio mundo foi pego de surpresa quando, dois anos depois, a Warner declarou que estava retirando do limbo uma de suas franquias mais rentáveis, Batman, o herói da DC Comics que estava sumido das telas grandes desde que o fracassado Batman e Robin havia envergonhado o legado do personagem e se tornado motivo de chacota de grande parte do público em todo o mundo. Mas a maior surpresa foi saber que aquele jovem cineasta autoral iria assumir a franquia do Homem Morcego para apresentá-lo a uma nova geração. Batm

Pôster da semana: A Origem dos Guardiões, de Peter Ramsey (EUA, 2012)

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Crítica: Na Estrada

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O Cinema Brasileiro ainda não tem um Oscar, mas já faz tempo que Hollywood percebeu que por aqui existiam muitos talentos. Nunca na nossa história cinematográfica exportamos tantos profissionais, principalmente diretores. Em Hollywood, hoje, temos brasileiros comandando franquias animadas de sucesso (caso de Carlos Saldanha e A Era do Gelo), pretensos blockbusters de verão (José Padilha e seu reboot de Robocop), produções de baixo orçamento em estúdios alternativos (Afonso Poyart, do impressionante Dois Coelhos, o melhor filme produzido por aqui em muito tempo) e, obviamente, filmes feitos sob encomenda para os festivais de cinema.  Nesta última categoria, propositalmente, não citei diretamente um exemplo. É um caso curioso, pois as produções feitas para festivais seguem caminhos opostos em quase todas as escolas de cinema, e por aqui não é diferente. Enquanto temos filmes impactantes e bem estruturados como Lavoura Arcaica, Cidade de Deus e Cinema, Aspirinas e Urubus, outros ta

Crítica: Valente

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Para qualquer cinéfilo e fã de animação que se preze, a expectativa em torno dos novos filmes da Pixar é sempre elevada. Este ano era ainda maior, afinal, desde 2009 - quando lançou Up - altas aventuras - o estúdio não apresentava uma produção original, investindo em sequências de outros sucessos (o lírico Toy Story 3 e o comercial Carros 2). Neste meio tempo, um projeto interessante havia sido abandonado (Newt, que contaria a história de duas salamandras que tentam salvar a espécie da extinção), diz-se, por guardar muitas semelhanças com o filme da Blu-Sky Rio; e outro estava trocando de nome e de diretor, por questões de divergências criativas. Coincidentemente, é de Valente que estou falando agora. O filme seria a estréia de Mark Andrews na direção de um longa metragem (é comum na Pixar os profissionais serem testados com os curtas da casa antes de seguirem para os trabalhos em longas, e Andrews já havia dirigido o mediano A banda de um homem só), mas ele acabou abandonando o pr

Crítica: O espetacular Homem Aranha

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Para algumas pessoas, é mais difícil entender as diferenças que existem entre as diversas mídias que compõem a cultura pop. Quadrinhos e Cinema são bastante diferentes, e para alguns, causa estranheza que qualquer tipo maior de aproximação se torne mais evidente. É o que está acontecendo com o reboot que a Sony está fazendo com sua mais lucrativa franquia, Homem Aranha. Nos EUA, o mercado de quadrinhos atua com uma quantidade vasta de profissionais, que se dividem entre as maiores editoras (Marvel e DC) e entre os múltiplos títulos das mesmas. As coleções dos célebres personagens são chamadas de séries, e a periodicidade de cada material segue caminhos distintos, com alguns títulos sendo lançados mensalmente, outros bimestralmente, e no caso de heróis menos populares, apenas em edições especiais ou mini-séries. Como um dos maiores ícones da Marvel, o Homem Aranha sempre teve tratamento especial pela editora, e suas histórias são publicadas em várias séries, passando por um tratame

Pôster da semana: 'Valente', de Brenda Chapman (EUA, 2012)

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Crítica: Para Roma com amor

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Para uma história funcionar, por melhor que seja seu argumento, ela precisa de personagens bem construídos. No cinema não é diferente. Por este motivo, um cineasta que sabe criar tipos tem tudo para ser por demais bem sucedido no mundo da sétima arte. E neste quesito, Woody Allen é incomparável. O septuagenário diretor de sucessos como Hanna e suas irmãs, A Rosa Púrpura do Cairo, Match Point e do recente Meia Noite em Paris continua sua viagem pela Europa, desta vez fazendo ponto na Itália. O país, que tem na sua história gênios do calibre de Federico Fellini, Roberto Rosselini e Michelangelo Antonioni, não está passando pelo seu melhor momento na produção cinematográfica. Talvez por este motivo, a homenagem de Allen à Roma e os tipos que preenchem seus becos, ruelas e avenidas tenha saído na hora ideal.  Em Para Roma, com amor , Woody Allen volta a utilizar uma narrativa de histórias paralelas - como em Todos dizem eu te amo e Melinda e Melinda  - e um bem dosado realismo fan

Crítica: A Era do Gelo 4

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O sucesso da franquia animada A Era do Gelo, cujo terceiro capítulo está entre as 25 maiores bilheterias de todos os tempos e o terceiro melhor resultado de uma animação - atrás apenas dos peso-pesados O Rei Leão e Shrek 2 -,  é um daqueles exemplos de competência que dá vontade de aplaudir. O primeiro filme chegou às telas em meio a uma explosão das animações digitais, mostrando uma trama certinha, de visual nem um pouco arrojado, mas, por outro lado, com personagens extremamente cativantes. Embora no quesito de visual a coisa tenha ficado muito melhor nestes 10 anos que separam este quarto capítulo do início da franquia, no restante a receita continuou sendo seguida à risca, e como o Blu Sky Studios não é bobo nem nada, dando espaço para seu maior astro brilhar com vontade. O maior astro de A Era do Gelo não é o mamute Manny, o tigre dentes de sabre Diego ou a preguiça Sid, e sim uma criaturinha que só faz ruídos e é completamente obcecada por uma noz: o esquilo Scrat, `dublado`