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Mostrando postagens de agosto, 2011

Crítica: O Rei Leão

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A Disney viveu um período de ouro entre 1989 e 1998. Nestes 10 anos, conhecidos como período da retomada de seus grandes clássicos, diversos filmes de grande popularidade foram feitos, começando por A Pequena Sereia e terminando com Tarzan. Bem no meio deste período, foi apresentado pelo estúdio aquele que ficaria sendo seu longa metragem mais querido e, até pouco tempo, a animação mais rentável da história do cinema. E 17 anos, 2 Oscar, 2 continuações para home-vídeo e um musical vencedor do Tony depois, eis que o bom filho à casa torna. Não poderia haver melhor coisa do que a oportunidade de rever este grande clássico na tela grande, onde é seu lugar de direito. O Rei Leão volta aos cinemas em 3D para encantar mais uma geração e fazer a festa de seus antigos admiradores. Seria preciso muitas palavras para definir o que é a magnitude deste filme da Disney. Tem seu lado fábula. Tem aventura. Tem seus personagens imortais e inesquecíveis. E tem um dos melhores roteiros de todos o

Pôster da semana: Motoqueiro Fantasma, o espírito da vingança (EUA, 2012)

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Crítica: Planeta dos Macacos: A Origem

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Confesso que não costumo ser muito purista ao falar de cinema. Em minha opinião, refilmagens e sequências fazem parte desta indústria - e aqueles que esbravejam contra estão lutando uma batalha perdida. Mas tudo tem um limite: existem clássicos que não devem ser revisitados, unicamente porque não precisam de complementação ou roupagem nova. Exemplos? Alguém curtiu o remake de Psicose, feito pelo competente Gus Van Sant? Ou, vamos estreitar logo o assunto, o Planeta dos Macacos de Tim Burton? A série de ficção científica dos símios inteligentes por si só já foi um erro: Planeta dos Macacos (1968) é daqueles filmes que grudam em sua cabeça depois de assisti-lo. Para mim, mais do que isso: foi a primeira vez que o cinema me chocou de verdade. Talvez por esse motivo todo e qualquer material posterior àquele final arrebatador me irritava profundamente. Não havia sentido algum em continuar aquela história - ela deveria findar ali, com aquele homem desesperado ajoelhado à frente da cabeça d

Critica: Professora sem classe

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Filmes que apelam para a tradução do título em nosso mercado com trocadilhos já devem ser tratados com desconfiança. A distribuidora, que não é boba nem nada, geralmente tem ciência da bomba que tem em mãos, e lança mão destes artifícios para atrair aquele público de multiplex que não escolhe filme, assiste aquele que está disponível. Só assim para algo como este Professora sem classe ("Bad Teacher", no original) conseguir fazer algum dinheiro nos cinemas. O filme é um amontoado de clichês do que há de pior no cinema de comédia: tem o protagonista malvado que "se regenera"; tem o mocinho boboca de bom coração; tem a mocinha retardada que só mete os pés pelas mãos... e assim vai! Não existe novidade na trama, que além de manjada é mal desenvolvida até dizer chega. Para se ter uma ideia, o roteiro só consegue tirar o primeiro sorriso frouxo da platéia quando apela para piadas envolvendo flatulência. O diretor desta "pérola", Jake Kasdan, é mais um egre

Blu-ray: Jurrassic Park

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Em outubro irá chegas às lojas nos EUA um dos mais aguardados lançamentos em alta definição: a trilogia Jurassic Park. O primeiro filme, dirigido por Steven Spielberg no ano de 1992, é considerado um dos divisores de águas do cinema moderno, graças aos seus efeitos especiais impressionantes para um trabalho da época. Ele foi durante muito tempo a maior bilheteria da história do cinema, superado apenas em 1997 quando Titanic foi lançado. Hoje está na 19 a posição, com 915 milhões de dólares gerados em todo o mundo. Como não poderia deixar de ser, o lançamento terá uma luxuosa edição limitada, que incluirá um action figure do T-rex e o símbolo do parque fictício, que se tornou marco da cultura pop. O pack com os 3 filmes deve chegar também ao Brasil em 2011, mas não espere receber a edição de luxo: estes mimos dificilmente chegam por aqui. O jeito é apelar para uma importadora, e pedir o seu. Salivando desde já...

Critica: A árvore da vida

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Terrence Malick é um diretor de pouquíssimos projetos. Para se ter uma ideia, desde seu maior sucesso de crítica, o fabuloso filme de guerra Além da linha vermelha, de 1998, ele voltou a dirigir apenas por mais 2 vezes: a primeira, em 2005, rendeu o subestimado O novo mundo, em que ele contou a verdadeira história por trás do mito de Pocahontas, sem os maneirismos necessários para adaptá-la como desenho animado, como foi pela versão da Disney; e agora, com este fabuloso A árvore da vida. É de se entender o isolamento criativo de Malick. O cinema atual tem pouquíssimo espaço para o tipo de trabalho que o diretor gosta de realizar. Seus filmes não são didáticos ou facilmente palatáveis. Para acompanhar suas histórias, o público geralmente precisa se esforçar para fazer ligações, desvendar mensagens subliminares e, necessariamente, sentir o filme que está sendo mostrado, não apenas assisti-lo. Com A árvore da vida , o cineasta dá mais um passo em seu peculiar estilo, ao traçar de maneir

Pôster da semana: As aventuras de Tintim - O segredo do Licorne, de Steven Spielberg (EUA, 2011)

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Critica: Quero matar meu chefe

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Diz-se que quando o Cinema vive uma época de ressurgimento de gêneros, a tendência para a repetição e falta de originalidade é elevada ao quadrado. Com certeza essa afirmação é verídica, mas também existem as exceções. Vejamos o exemplo das comédias R-rated americanas - aquelas em que menores de 17 anos somente podem assistir se devidamente acompanhados dos responsáveis. Este subgênero teve uma guinada impressionante depois de Se beber, não case, e neste ano de 2011 colocou nada mais nada menos que 4 filmes com arrecadações expressivas (acima dos US$ 100 milhões) nas bilheterias americanas. Um deles é este Quero matar meu chefe. O título por si só é extremamente sugestivo (no original, chama-se Horrible bosses). Aquele que nunca imaginou ao menos uma vez na vida o chefe sendo torturado numa roda medieval, não é um ser humano normal. O roteiro explora esta premissa com situações inteligentes, um humor mais requintado e, obviamente, elevadas doses de constrangimento para o elenco -

Critica: Melancolia

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É muito comum para os fãs de Lars Von Trier escutar em rodas de discussão acusações como as de que " seu gosto é muito sofisticado" ou " você quer posar de intelectual". Geralmente essas frases vem em tom de deboche, ironia ou simplesmente indiferença. A questão é perfeitamente compreensível; o cinema do diretor dinamarquês realmente não foi feito para muitos. Para enxergar a natureza artística deste gênio, é preciso - além de real gosto pela sétima arte - entregar-se de corpo e alma ao sentimento e as emoções na sala escura. E o grande público está muito longe deste tipo de experiência. Mas a má reputação dos filmes de Lars Von Trier não vem apenas da falta de sensibilidade cinematográfica do público. Dono de um temperamento difícil, e por vezes demasiadamente irônico em seu relacionamento com a imprensa, o dinamarquês é figura comum nos tablóides, geralmente causando escândalos. A sua última travessura ocorreu exatamente na divulgação de seu último filme, no fes

Critica: Os Smurfs

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Hollywood tem a mania de pensar que as adaptações de desenhos animados devem ser filmes bobalhões e essencialmente infantis. O que é estranho, no entanto, é a falta de visão dos executivos dos estúdios, que se esquecem do poder do sentimento nostálgico para fazer milhares irem até os cinemas acompanhar alguns ícones da infância sendo resgatados para a nova era. Os Smurfs são as mais novas vítimas dos roteiros rasos e da falta de imaginação de produtores e executivos da indústria do Cinema. Os pequenos seres azuis foram criados pelo cartunista belga Peyo em meados da década de 50, e se tornaram imensamente populares com a série animada dos anos 80. É praticamente impossível encontrar alguém na faixa dos 30 que nunca tenha ouvido falar das simpáticas criaturinhas e do seu arqui-inimigo, o feiticeiro Gargamel. Eles vivem em uma floresta encantada e moram em cogumelos, na chamada Vila dos Smurfs. Para o cinema, no entanto, preferiu-se deslocar a ação para - quem diria, quanta origina