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Mostrando postagens de abril, 2010

Crítica: As Melhores Coisas do Mundo

Falar da adolescência é sempre complicado para um cineasta. Geralmente, acaba-se caindo no lugar comum. Em raros casos, no entanto, estereótipos são quebrados e histórias interessantes são contadas. No cinema internacional, podemos enumerar vários casos: Aos Treze, Vamos Nessa!, Ninguém pode saber, E sua mãe também. Até o recente Educação. Por aqui, já é coisa nova. E parte de uma reinvenção que o cinema nacional está buscando fazer. As Melhores Coisas do Mundo é o segundo exemplar desta safra de "filmes sobre jovens". O primeiro, Apenas o fim, foi uma produção universitária que explorava o fim de um relacionamento entre dois universitários cariocas em meio a muita gíria e cultura pop. Coube, então, a Laís Bodanzky voltar um pouco para trás e falar de adolescentes. A diretora de Bicho de Sete Cabeças e Chega de Saudade surpreende mais uma vez com este trabalho, a começar pela escolha do elenco. A maioria dos jovens - incluído aí o protagonista - nunca haviam atuado profission

Crítica: Zona Verde

A Supremacia Bourne e O Ultimato Bourne, os dois últimos filmes da trilogia do agente desmemoriado, mudaram os conceitos em Hollywood de como se produzir um filme de ação. Uma revolução que pode ser comparada, por exemplo, ao que foi Jurassic Park para os efeitos especiais. Por trás de tudo isto, estava Paul Greengrass. O diretor, que já havia demonstrado um talento indiscutível no trabalho realizado em Vôo 93 - com o qual teve a sua primeira indicação ao Oscar - encontrou na adaptação dos livros de Robert Lundlum o sucesso comercial e de crítica. Além disso, começou a parceria com o ator Matt Damon, que tornaria possível este novo Zona Verde. Se no passado o diretor havia apoiado as versões do governo americano para a queda do avião da United, retratada em Vôo 93, em seu novo filme o que está em xeque é a veracidade das motivações que teriam levado os Estados Unidos a invadirem o Iraque em 2003, quando foi destronado o regime ditatorial de Saddam Hussein. Para a imprensa e a opinião

Trailer: Eclipse

Se depender do trailer, o romance meloso não vai mais ter vez na transposição da série Crepúsculo para o cinema. O terceiro filme, Eclipse, baseado na obra literária homônima, parece investir mais na ação. De certa forma, era o caminho esperado, já que o livro é muito mais movimentado que os anteriores. Nas imagens disponibilizadas pela Summit, podemos ver Bryce Dallas Howard atuando pela primeira vez na série como a vampira Victória, e o retorno do clã de vampiros Volturi. A estréia mundial se dará no mês de junho de 2010.

Pôster da semana: "Kick Ass" de Matthew Vaughn (EUA, 2010)

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Crítica: Alice no País das Maravilhas

Lewis Carroll escreveu Alice no país das maravilhas e Alice através do espelho tendo por base lembranças de uma menina que conhecera anos antes - e que deu inspiração para a Alice dos livros - e em visões que atormentavam o escritor. Estas "visões", ou pesadelos, teriam sido a força motriz da criatividade empregada pelo artista na criação desta obra clássica. Alice no país das maravilhas , no entanto, é puramente uma metáfora sobre o amadurecimento. Sobre como uma criança pode observar o mundo a sua volta, onde imperfeições seriam maluquices; onde temor seriam fraquezas. É como se o nosso mundo não passasse do país das maravilhas, mas que nós simplesmente não conseguíssemos enxergar. Tim Burton, ao que parece, não entendeu muito bem a mensagem por trás da obra do escritor inglês. Este seria o único motivo para entender o que o diretor fez com esta sua versão visualmente deslumbrante, no entanto sem alma, do clássico que há anos encanta gerações. Quando as primeiras informaçõ

Crítica: Nova York, eu te amo

A idéia de se realizar pequenos curta-metragens e histórias paralelas que se cruzam em determinado momento já não é nenhuma novidade no cinema. No entanto, aqui, o que temos é uma homenagem mais do que clara a cidade onde se passam todas as histórias: Nova York. Segunda etapa do projeto grandes metrópoles mundiais (que teve seu início com Paris, te amo) , a grande e maior surpresa do filme é que os curtas mais interessantes sejam dirigidos pelos nomes menos "gabaritados". Brett Ratner que o diga. Sua história sobre a jovem atriz que finge ser paraplégica e o tímido estudante é romântica até a raiz dos ossos, e ainda mostra um Central Park que é um deleite para aqueles que o conhecem ou não. Da mesma forma, Natalie Portman em sua estréia como diretora entrega o curta mais emotivo, com uma competência de encher os olhos. Competência esta que também contagia o elenco. Orlando Bloom está irreconhecível dada a qualidade de sua atuação como um músico visionário, assim como Shia LaB

Crítica: O Fantástico Sr. Raposo

Animações em stop-motion parecem existir sob medida para trabalhos de cineastas autorais. Que o diga Wes Anderson, que escolheu este projeto baseado na obra de Roald Dahl, mesmo autor do clássico A Fantástica Fábrica de Chocolates, para sua primeira experiência neste gênero. O Fantástico Sr. Raposo é uma fábula com lição de moral, é claro, como qualquer conto infantil americano. No entanto, o que faz a diferença aqui é a forma particular que o diretor escolheu para contar a história. Acostumado a mostrar conflitos familiares (como em seus dois últimos filmes, Os Excêntricos Tenembauns e A Vida Marinha de Steven Zissou), Wes Anderson aproveitou-se das características dos personagens para dar-lhes sentimentos e conflitos mais humanos, e, porque não, mais reais. O Sr. Raposo larga a vida de animal selvagem quando resolve se casar. Anos mais tarde, levando uma vida mais simples e apenas escrevendo em uma coluna de jornal, ele sente falta dos tempos áureos de caça e roubo de galinhas. O fi

LOST: episódios que seriam grandes filmes

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Cinema e televisão seguem hoje uma linha tênue, quase indistinta, se considerarmos a qualidade das recentes produções pelo mundo. Seja nos EUA, na Grã Bretanha, na Alemanha, ou mesmo no Brasil (casos raros, mas existentes), os grandes eventos televisivos atraem a atenção de milhares, colecionam prêmios, e até interferem na indústria do cinema, seja com idéias, seja com tendências. Lost está aí para provar o que estou falando. A série - que chega a seu fim neste ano - é um dos maiores exemplos de como uma produção de TV pode atingir um nível de qualidade quase cinematográfica; roteiro, personagens, fotografia, efeitos visuais... não fica nada a dever a grandes blockbusters. Mas com um diferencial: alma. Os episódios geralmente são escritos e dirigidos por profissionais diversos, o que ajuda a manter uma sensação de renovação constante. Abaixo, separei aqueles que considero os melhores episódios da série, que não deixam nada a dever a muitos filmes lançados nos cinemas... Pilot (1ª temp