Crítica: As Melhores Coisas do Mundo
Falar da adolescência é sempre complicado para um cineasta. Geralmente, acaba-se caindo no lugar comum. Em raros casos, no entanto, estereótipos são quebrados e histórias interessantes são contadas. No cinema internacional, podemos enumerar vários casos: Aos Treze, Vamos Nessa!, Ninguém pode saber, E sua mãe também. Até o recente Educação. Por aqui, já é coisa nova. E parte de uma reinvenção que o cinema nacional está buscando fazer. As Melhores Coisas do Mundo é o segundo exemplar desta safra de "filmes sobre jovens". O primeiro, Apenas o fim, foi uma produção universitária que explorava o fim de um relacionamento entre dois universitários cariocas em meio a muita gíria e cultura pop. Coube, então, a Laís Bodanzky voltar um pouco para trás e falar de adolescentes. A diretora de Bicho de Sete Cabeças e Chega de Saudade surpreende mais uma vez com este trabalho, a começar pela escolha do elenco. A maioria dos jovens - incluído aí o protagonista - nunca haviam atuado profission