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Crítica: Guardiões da Galáxia Vol. 3

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Quando foi lançado em 2014, Guardiões da Galáxia foi uma aposta arriscada para um Universo Cinematográfico que, embora já consolidado com seus maiores heróis - Capitão América, Homem de Ferro, Hulk e Thor - ainda não havia experimentado algo diferente. Coube a um até aquele momento pouco conhecido diretor a missão de levar os heróis desajustados para a tela grande, com um orçamento de super-produção e uma liberdade criativa que seria impossível se considerarmos os projetos anteriores; ora, como os Guardiões eram ilustres desconhecidos até mesmo para alguns leitores de quadrinhos, eventuais mudanças nos personagens não seriam motivo de repulsa por parte dos fãs. James Gunn soube como ninguém se aproveitar dessa liberdade e construiu uma ópera espacial divertida, emocional e que transformou os personagens em novos ícones da cultura pop. Não seria justo para Gunn e para o público que o encerramento da trilogia dos Guardiões fosse tratado de forma negligente pela Marvel, principalmente dep

Crítica: Cavaleiros do Zodíaco - O Começo

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Transformar Cavaleiros do Zodíaco em um filme com atores não era uma tarefa fácil. No geral, a linguagem de animes é muito dificil de ser transposta para outras mídias, muito embora já tenham havido alguns êxitos em hollywood neste sentido ( No Limite do Amanhã e Alita - Anjo de Combate são bons exemplos, assim como Círculo de Fogo , que embora não seja oficialmente baseado em um anime é descaradamente uma cópia de Neon Genesis Evangelion ). No entanto, transpor para um filme de duas horas uma história complexa que se estende por mais de 100 episódios de 20 minutos na obra original levaria a uma necessidade básica e, muitas vezes, odiada pelos fãs: ter a coragem de mudar o rumo e definir seguir um caminho próprio. O filme em computação gráfica Lenda do Santuário mostrou que querer fidelidade total à trama do anime poderia ser um erro; os 90 minutos de filme adaptaram um arco que se estende por mais de 60 episódios, e tudo ficou apressado e confuso. Alguns personagens - mesmo os pr

Crítica: Homem Formiga e a Vespa: Quantumania

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Quando o primeiro filme do Homem Formiga foi lançado, poucas pessoas acreditaram que o diminuto herói pudesse se tornar tão relevante para o Universo Cinematográfico da Marvel. O que se viu, no entanto, foi exatamente o contrário: não fosse pelo personagem, não haveria a trama de Vingadores: Ultimato, ao menos da forma como ela foi contada. E com o lançamento de Homem Formiga e a Vespa: Quantumania , descobrimos que não fosse Scott Lang também não teríamos o novo grande vilão do Universo compartilhado. Quantumania é um salto gigantesco para a franquia do Homem Formiga. O filme é muito maior em escala que os antecessores, e está intimamente ligado ao desenvolvimento da Saga do Multiverso (não por menos foi escolhido para abrir a fase 5). Os fãs mais atentos irão notar logo a diferença, principalmente pela quase inexistência do núcleo coadjuvante que tinha até certa relevância nos filmes anteriores (o Luis de Michael Peña foi a ausência mais sentida, em minha opinião). Esta mudança de

Crítica: Coringa

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Apesar dos altos e baixos da DC nos cinemas, a editora e grande rival da Marvel Comics carrega na bagagem alguns dos melhores momentos das adaptações de quadrinhos na história; o Superman de Richard Donner, Watchmen de Zack Snyder e a trilogia de Christopher Nolan - obviamente destacada por The Dark Knight - são ótimos exemplos. Todd Phillips e Joaquin Phoenix quiseram aumentar um pouco esta lista. Correndo totalmente por fora da atual tendencia de filmes conectados e universos compartilhados, Coringa é um novo passo para as adaptações de quadrinhos. É a prova de que o gênero está em pleno ápice e tem muito ainda para explorar. Apesar de apresentar uma história original, Coringa possui verdadeiramente DNA de quadrinhos, com muitas referências à classica HQ de Alan Moore, Piada Mortal. E se alguém tinha medo que o filme se distanciasse da mitologia estabelecida para o personagem, pode ficar tranquilo: Todd Phillips tem algumas liberdades criativas, mas a essência do persona

Crítica: It Capítulo 2

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O cinema de horror hollywoodiano vive de altos e baixos. Alguns bons momentos recentes vieram de franquias originais de custo muito baixo e incrivelmente bem sucedidas nas bilheterias ( Jogos Mortais , Invocação do Mal e Atividade Paranormal são bons exemplos). Os piores momentos foram em sua maioria de remakes ou reinvenções de sucessos do passado ( Psicose ,  Halloween e o recente Brinquedo Assasino corroboram esta indagação ). Mas um destes remakes mostrou que era possível revitalizar uma grande obra sem perder seu brilho original; sim, estamos falando de  It, a Coisa. It, uma obra prima do medo adaptou na década de 80 o livro de Stephen King e fez muito sucesso, tornando o palhaço Pennywise um ícone do terror. Quando o remake deste clássico foi anunciado, a primeira reação dos fãs foi de desconfiança. Mas a excelente direção de Andy Muschietti aliada a um roteiro bem amarrado e um grande elenco fizeram de It, a coisa uma grata surpresa, que trouxe a revitalização que o gênero

Crítica: Tomb Raider - A Origem

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A Indústria de Games se consolida cada vez mais como uma das mais importantes do mundo. Desde 2007, tem tido um faturamento maior que a poderosa Indústria Cinematográfica de Hollywood. Em 2013, o jogo Grand Theft Auto V quebrou recordes, obtendo um ganho de U$S 1 bilhão em apenas três dias após o seu lançamento, algo impensável hoje até para blockbusters do calibre de Star Wars ou do Universo Cinematográfico da Marvel.  Com números tão impressionantes, não é de se estranhar que Hollywood vez ou  outra tente emplacar uma adaptação de videogames para a tela grande. O reconhecimento de crítica até hoje não chegou para o gênero, mesmo com alguns sucessos de bilheteria como Warcraft (U$S 433 milhões), Príncipe da Pérsia (U$S 336 milhões) e Lara Croft: Tomb Raider (U$S 274 milhões). Tomb Raider - A Origem vem para revitalizar a franquia Tomb Raider , e é o mais novo capítulo desta novela que são as adaptações cinematográficas de games.  Apesar de ser uma das maiores bilhe

Crítica: 15h17 - Trem Para Paris

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Não é de hoje que Hollywood busca em acontecimentos reais a fonte para o desenvolvimento de projetos cinematográficos, sejam eles descobertas científicas, biografias inspiradoras ou mesmo grandes tragédias. E com o terrorismo não é diferente. Grandes cineastas como Paul Greengrass e Oliver Stone já trabalharam o tema, e agora é a vez de Clint Eastwood se juntar a este grupo. Mas a escolha de Eastwood é ainda mais interessante por se tratar de um caso relativamente recente, o atentado fracassado em um trem da Thalys que fazia uma viagem entre Amsterdã e Paris, em 2015, cujos heróis foram pessoas comuns, dentre eles três americanos que estavam na Europa à turismo. E é exatamente na história destes homens que o veterano diretor foca seu filme, optando pelos próprios para desempenharem seus papéis.  15h17 - Trem Para Paris acompanha a vida desde a infância de Alek Skarlatos, Anthony Sadler e Spencer Stone, até o dia em que protagonizaram o ato heroico em território francês que