Crítica: Homem Formiga e a Vespa: Quantumania

Quando o primeiro filme do Homem Formiga foi lançado, poucas pessoas acreditaram que o diminuto herói pudesse se tornar tão relevante para o Universo Cinematográfico da Marvel. O que se viu, no entanto, foi exatamente o contrário: não fosse pelo personagem, não haveria a trama de Vingadores: Ultimato, ao menos da forma como ela foi contada. E com o lançamento de Homem Formiga e a Vespa: Quantumania, descobrimos que não fosse Scott Lang também não teríamos o novo grande vilão do Universo compartilhado.

Quantumania é um salto gigantesco para a franquia do Homem Formiga. O filme é muito maior em escala que os antecessores, e está intimamente ligado ao desenvolvimento da Saga do Multiverso (não por menos foi escolhido para abrir a fase 5). Os fãs mais atentos irão notar logo a diferença, principalmente pela quase inexistência do núcleo coadjuvante que tinha até certa relevância nos filmes anteriores (o Luis de Michael Peña foi a ausência mais sentida, em minha opinião).

Esta mudança de rumo faz sentido considerando a história contada aqui; Homem Formiga e a Vespa: Quantumania se passa basicamente no Reino Quântico, com poucas cenas acontecendo no mundo real. E o filme apresenta toda uma gama de novos personagens que habitam aquele Universo. Dentre as adições, está uma divertida participação especial de Bill Murray, e o retorno de Corey Stoll, desta vez como M.O.D.O.K., um dos mais  bizarros personagens da Marvel. Com a maior parte da ação ocorrendo no Reino Quântico, muitos efeitos visuais acompanham a trama, a maior parte deles bastante competente – principalmente considerando a queda de qualidade apresentada pela Marvel neste sentido em produções recentes como Thor 4 e a série da Mulher Hulk. É nítida a influência de Star Wars no design das criaturas que habitam o local, fato, inclusive, que foi confirmado pelo diretor.

Mas a grande novidade de Quantumania é a apresentação de Kang, o Conquistador, personagem de Jonathan Majors. O novo vilão do UCM está incrivelmente fiel aos quadrinhos, e se o público já tinha sentido o gostinho da atuação do ator na série Loki, não vai ter do que reclamar neste filme, que planta as sementes para A Dinastia Kang, próximo filme dos Vingadores. Majors é uma presença realmente ameaçadora na maior parte do tempo, e as cenas pós-créditos fortalecem o potencial que o vilão tem de se tornar tão icônico quanto Thanos (não se atreva a sair do cinema antes de assisti-las!).

Vamos ver o que os próximos passos da Saga da Marvel reservam para os fãs, mas Homem Formiga e a Vespa: Quantumania já tem o grande mérito de deixar o fracassado Thor: Amor e Trovão definitivamente para trás. Uma nova fase começa, e um começo com boas expectativas é sempre bem vindo.

Cotação: ***

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