Crítica: Fúria de Titãs 2
Ray Harryhausen não deve estar nada satisfeito do rumo que uma das suas maiores criações para o cinema tomou na moderna época dos efeitos digitais milionários de Hollywood. O caldo começou a ser entornado em 2010, quando Fúria de Titãs, remake do clássico de stop-motion de 1981, chegou aos cinemas com pompa de blockbuster, trazendo o ator badalado do momento ( Sam Worthington, que fez sucesso com Exterminador do futuro - a salvação e Avatar) como protagonista, grandes astros como coadjuvantes, cenários e figurinos exagerados e efeitos especiais grandiosos. No entanto, o roteiro estava jogado para escanteio. Não fosse o 3D convertido horroroso que manchou sua reputação, Fúria de Titãs poderia ter se saído um pouco melhor (embora os ingressos caros da nova tecnologia tenham contribuído para a sua bilheteria mundial, que quase chegou ao meio bilhão de dólares). A obra de Harryhausen parecia ter ficado para trás na memória dos cinéfilos, pois não possuía o prestígio crítico, por exemplo,