O cinema e o teatro sempre tiveram um namoro interessante. No início, quando se assistia os filmes nas Vaudevilles, ainda mudos, e era necessário um explicador para situar o espectador do que estava acontecendo na projeção, ainda se utilizava a máxima da "visão do príncipe", ou seja, tomadas praticamente frontais em que quase não havia utilização da profundidade de campo visual. O cinema era um teatro filmado, e não tinha uma linguagem própria, que lhe conferisse personalidade distinta. Obviamente, como qualquer outra forma de arte, o cinema evoluiu. Hoje temos uma separação tênue entre o que se diz teatro e o cinema. As modernas técnicas de montagem, as decupagens ousadas de planos e os enquadramentos cada vez mais elaborados transformaram a forma de se assistir um filme. Por isso mesmo, quando aparece um filme baseado em uma peça teatral, qualquer cinéfilo que se preze identifica a origem do texto logo nos primeiros frames. Podemos dizer que o cinema hoje busca constantemen...