Crítica: Kingsman - O Círculo Dourado
Matthew Vaughn entende de adaptações de quadrinhos como ninguém. Não bastasse ter sido responsável por um dos melhores filmes dos X-Men (Primeira Classe), também tem no currículo os excelentes Kick-ass - Quebrando tudo, Stardust - O Mistério da Estrela e, claro, Kingsman - Serviço Secreto.
Em todos estes filmes, a estética de ação exagerada dos quadrinhos estava presente - em Stardust com menos relevância, dado que se tratava de uma aventura épica de fantasia - mas foi em Kingsman - Serviço Secreto que o diretor atingiu o ápice neste estilo, muito em parte considerando a premissa da HQ que inspirou o filme, que tirava sarro com os filmes de espiões e agentes secretos como 007 e Missão Impossível. Essa era a maior graça de Kingsman: não se levar a sério.
Não precisa nem dizer que a continuação do sucesso inesperado de 2014 não esqueceu da fórmula de sucesso. Pelo contrário: Kingsman - O Círculo Dourado é um daqueles filmes que te fazem sair do cinema com um sorriso de satisfação no rosto.
É fácil enumerar os predicados de Kingsman - O Círculo Dourado. Primeiramente, é preciso dizer que o filme é muito divertido, e seu ritmo dinâmico faz as pouco mais de duas horas de projeção passarem voando. As cenas de ação estão sensacionais (a abertura, com uma perseguição frenética de carros pelas estreitas ruas de Londres, é um dos destaques), e as coreografias dos combates estão ainda mais insanas. Fora que o entrosamento entre os astros Taron Egerton e Colin Firth (sim, Harry está de volta!) deixa tudo melhor.
Na história, depois de ser atacado por um ex-aliado e algo sair errado, Eggsy (Taron Egerton) acaba comprometendo a segurança dos demais agentes da Kingsman, e a agencia secreta é atacada por um inimigo que até então agia nas sombras, o Círculo Dourado, liderado por Poppy (Juliane Moore). Para enfrentar esta nova ameaça, Eggsy e Merlin (Mark Strong, ótimo) contarão com a ajuda da Scotsman, uma espécie de Kingsman norte-americana, e com o retorno de um antigo aliado.
Kingsman - O Círculo Dourado tem na construção dos personagens uma de suas maiores forças, e isso se deve ao roteiro muito bem estruturado que também é assinado por Matthew Vaughn. Das adições ao elenco, foi acertada a escolha de Julianne Moore para uma vilã tão excêntrica quanto o Valentine de Samuel L. Jackson no filme anterior, e dentre os agentes da Scotsman, quem se destaca é Pedro Pascal como Whiskey.
Toda a atmosfera pop que já era uma das principais características do primeiro filme se repete aqui, e não faltam referências aos anos 80 - não apenas na trilha sonora. A tiração de sarro não poupa ninguém, nem o Presidente Americano Donald Trump, nem mesmo a própria 20th Century Fox, produtora e distribuidora do longa. Prepare-se também para nunca mais escutar uma música do astro pop Elton John da mesma maneira: falar mais vai estragar as engraçadas surpresas.
Kingsman - O Círculo Dourado acerta na mosca ao aceitar sua alcunha de cinema para diversão. Pode ter certeza que a sessão vai valer a pena e as risadas vão correr soltas. Que venha Kingsman 3, que já está em produção.
Cotação: ****
A fotografia é impecável, ao igual que a edição. Sem dúvida voltaria a ver este filme! Adorei a participação de Jeff Bridge, é um ator multifacetado, seu papel é muito divertido e interessante. O vi também em Homens de Coragem, é muito bom. É interessante ver um filme que está baseado em fatos reais, acho que são as melhores historias, porque não necessita da ficção para fazer uma boa produção. Gostei muito de Homens de Coragem, não conhecia a história e realmente gostei. A história é impactante, sempre falei que a realidade supera a ficção, acho que é um dos melhores filmes lançamentos em 2017 . Super recomendo. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia, o elenco fez possível a empatia com os seus personagens em cada uma das situações
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