Crítica: A Cura
Gore Verbinski ficou mais conhecido em Hollywood depois de transformar em um fenômeno global a atração dos parques da Disney Piratas do Caribe. Mas quem acompanha a carreira do diretor sabe que ela é marcada pela diversidade de gêneros. Seu último grande sucesso foi, inclusive, uma animação (o sensacional Rango).
Mas para seu retorno depois do fracasso de Cavaleiro Solitário o diretor escolheu o terror, que não visitava desde a sua versão de O chamado. A Cura é uma tentativa de repetir o sucesso da produção de 2002, mas desta vez deixando de lado os fantasmas e focando no suspense psicológico.
Na história, um jovem executivo ambicioso (Dane DeHaan) é enviado para recuperar um executivo de sua empresa de um idílico mas misterioso centro de bem-estar em um local remoto na Suiça, mas logo suspeita que os tratamentos milagrosos do spa não são bem o que parecem.
Embora o esmero técnico seja observado desde a cena inicial - destaque para a bela fotografia em uma estrada de ferro nos alpes suiços - A Cura se perde em suas próprias pretensões, e o que começa como um Ilha do medo termina quase que num Resident Evil; o roteiro de Justin Haythe (Foi apenas um sonho) desperdiça a premissa interessante e perde totalmente o rumo na altura do terceiro ato, e quando os créditos aparecem você acaba se perguntando que tipo de filme acabou de assistir.
Verbinski aproveita todo seu conhecimento de linguagem cinematográfica para incluir referências interessantes na sua obra, que vão desde Um estranho no ninho a Laranja Mecânica. Mas isto não salva seu filme das soluções idiotas do roteiro. Atores como Jason Isaacs são totalmente subaproveitados, e embora o protagonista Dane DeHaan esteja bem, a mudança drástica de tom também prejudica o desenvolvimento do seu personagem.
A Cura acaba não conseguindo surpreender o público, o que é imperdoável para um filme de suspense. Se o filme seguir o caminho de Cavaleiro solitário e se tornar um fracasso, o suspense será como fica a carreira de Gore Verbinski a partir daqui.
Cotação: *
Embora o esmero técnico seja observado desde a cena inicial - destaque para a bela fotografia em uma estrada de ferro nos alpes suiços - A Cura se perde em suas próprias pretensões, e o que começa como um Ilha do medo termina quase que num Resident Evil; o roteiro de Justin Haythe (Foi apenas um sonho) desperdiça a premissa interessante e perde totalmente o rumo na altura do terceiro ato, e quando os créditos aparecem você acaba se perguntando que tipo de filme acabou de assistir.
Verbinski aproveita todo seu conhecimento de linguagem cinematográfica para incluir referências interessantes na sua obra, que vão desde Um estranho no ninho a Laranja Mecânica. Mas isto não salva seu filme das soluções idiotas do roteiro. Atores como Jason Isaacs são totalmente subaproveitados, e embora o protagonista Dane DeHaan esteja bem, a mudança drástica de tom também prejudica o desenvolvimento do seu personagem.
A Cura acaba não conseguindo surpreender o público, o que é imperdoável para um filme de suspense. Se o filme seguir o caminho de Cavaleiro solitário e se tornar um fracasso, o suspense será como fica a carreira de Gore Verbinski a partir daqui.
Cotação: *
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