Crítica: Cinderela
Obviamente que a união de um talentoso diretor Shakesperiano a uma das maiores atrizes da atualidade não poderia resultar em uma simples fábula infantil. Cinderela é o primeiro grande acerto da Disney na releitura de seus clássicos como filmes live-action por um motivo bem simples: sua absoluta fidelidade ao clássico original que faz parte da vida de tanta gente.
Kenneth Branagh transporta a audiência para a história da gata borralheira em imagens, cores e emoções - e é impressionante perceber como tudo que encantava crianças, jovens e adultos na animação está ali. Tudo no filme é grandioso, desde os cenários até os suntuosos figurinos que parecem saídos diretamente das pranchetas dos desenhistas dos estúdios Disney.
Cate Blanchett fica responsável pelo show na interpretação, o que não é novidade para ninguém. A madrasta malvada, que no clássico não é mais que uma coadjuvante, cresce e aparece, assim como suas filhas. Com Blanchett, o personagem ganha mais consistência e uma forte motivação para as maldades que faz contra a moça, e Anastasia e Drizella tem maiores contornos em suas personalidades, que em animação haviam sido aproveitados somente nas continuações lançadas em vídeo. No papel de Cinderela, Lily James não faz feio mesmo quando contracena com a veterana, e tem a beleza e carisma necessários para cativar o público. Esse desenvolvimento do núcleo familiar da Princesa acaba por sacrificar a participação dos amiguinhos roedores e do gato Lúcifer, que embora menos explorados funcionam e garantem as risadas.
Embora o filme não seja um musical, sente-se a falta, ao menos, da clássica "Bi-bi-di-bo-ba-bi-di-bu". A fada madrinha, que é vivida por Helena Bonham Carter, apenas usa a palavra verbalmente. A sequência, no entanto, é tão bela quanto aquela que foi imaginada por Walt Disney para seu último clássico baseado em um conto de fadas - o que só iria acontecer novamente em 1989, com A Pequena Sereia, muitos anos depois da sua morte.
Embora o filme não seja um musical, sente-se a falta, ao menos, da clássica "Bi-bi-di-bo-ba-bi-di-bu". A fada madrinha, que é vivida por Helena Bonham Carter, apenas usa a palavra verbalmente. A sequência, no entanto, é tão bela quanto aquela que foi imaginada por Walt Disney para seu último clássico baseado em um conto de fadas - o que só iria acontecer novamente em 1989, com A Pequena Sereia, muitos anos depois da sua morte.
Cinderela é um belo filme para assistir com a família e uma excelente diversão. E o melhor de tudo: neste aqui, os ratinhos não falam. Ou vai me dizer que você gostava daquela vozinha esganiçada e irritante dos pequenos roedores no original?
Cotação: ***
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