Crítica: Os Pinguins de Madagascar
Desde que roubaram a cena no primeiro Madagascar, um filme solo dos pinguins Capitão, Kowalski, Rico e Recruta era praticamente uma certeza. A Dreamworks não perdeu tempo depois do sucesso da série na Nickelodeon e finalmente os pássaros malucos chegaram aos cinemas exatamente do jeitinho que tinha que ser: insanos e muito, muito divertidos.
Os diretores Eric Darnell e Simon J. Smith já estavam bem treinados nas maluquices depois de Madagascar 3. Em Os Pinguins de Madagascar, eles conseguem fazer ainda mais loucuras, novamente levando seus protagonistas ao redor do globo para causar confusões; tem até um divertido flashback da juventude dos pinguins - com direito a documentaristas do Discovery Channel e tudo!
Depois de enjoarem da vida no Circo, Capitão e sua equipe resolvem invadir o Forte Knox e se apoderar da reserva de ouro dos Estados Unidos. Mas o que as aves não contavam era que um vilão estava esperando por eles no local: Dave, um polvo com síndrome de rejeição e que quer vingança contra todos os pinguins do mundo. Conseguindo escapar, os pinguins deverão se unir ao Vento do Leste, uma organização de elite que protege animais em todo planeta, para salvar os pinguins do terrível plano de Dave.
Tudo em Os Pinguins de Madagascar é desculpa para piadas de duplo sentido e tiradas de humor sensacionais - muitas delas, inclusive, que vão passar longe do entendimento das crianças. Na versão nacional isso fica bastante claro pela escolha do estúdio Fox em chamar o humorista do programa Porta dos Fundos, Gregorio Duvivier, para fazer a tradução. Isso acaba fazendo do filme uma interessante distração para crianças e pais, já que sabemos desde sempre do potencial e carisma dos personagens. O ponto fraco do filme é exatamente igual ao de Gato de Botas, que também era um spin-off: os novos personagens apresentados nem de longe tem o charme dos protagonistas originais, e acabam apenas de figurantes de luxo.
Tecnicamente, o filme não apresenta novidades, mas considerando que os personagens já são bastante queridos e o público já estava praticamente garantido, é compreensível que o investimento não tenha sido tão expressivo. Não que isso atrapalhe o resultado final, pois o filme é bonito e bem realizado.
Os Pinguins de Madagascar não vai mudar o mundo da animação, e nem é o seu objetivo. Mas se a sua vontade é ir para o cinema se divertir, pode ter certeza: você vai, e muito! E, sim, tem até aquela lição de moral que é quase obrigatória em um filme direcionado para o público infantil. E agora é só esperar o filme dos Minions!
Cotação: ***
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