Crítica: Anjos da noite - o despertar

As criaturas da noite estão em voga no cinema. Isso não é novidade, pois desde o início da produção cinematográfica, monstros como Drácula, Frankenstein e Lobisomem faziam a festa dos apaixonados pelo susto na sala escura. Mas o problema dos filmes atuais que retratam estes célebres personagens - se é que se pode dizer isso -, é que eles não dão susto, mas sim vontade de gargalhar.

A franquia dos vampiros guerreiros protagonizada por Kate Beckinsale (que com seus olhos azuis é de longe a melhor coisa na tela) vai mais longe do que qualquer ser humano com um mínimo de massa cinzenta poderia imaginar, e chega a um quarto capítulo estupidamente acelerado e exagerado, que ainda pega carona na tecnologia 3D. Anjos da noite, o despertar é aquele tipo de filme que só existe por que custa pouco e - impressionantemente! - consegue se sair bem nas bilheterias.


Não há muito o que falar da história. Selene (Kate Beckinsale) é capturada juntamente com o namorado mestiço (meio vampiro, meio lycan - forma carinhosa de se chamar os lobisomens anabolizados do filme), e passa 12 anos congelada e sendo testada por uma empresa inescrupulosa de bioengenharia, em um mundo em que - na teoria - vampiros e lobisomens são espécies em extinção. A moça desperta e, com a ajuda de um vampiro dos esgotos e de uma criança mestiça, terá que enfrentar uma organização que pretende acabar com os vampiros e tornar os lycans a espécie dominante do planeta.

Essa papagaiada toda é desculpa para cenas e mais cenas de ação acelerada, em que muitas vezes não se consegue acompanhar tudo o que acontece na tela: o filme é escuro, e basicamente composto por cenas noturas (o que é ideal para disfarçar os milhares de defeitos especiais e erros de continuidade que este tipo de produção sempre esbanja).

O diretor Len Wiseman é provavelmente um dos profissionais mais fracos em atividade, e por pouco não fica cabeça a cabeça com o alemão Uwe Bowl. Sua filmografia é basicamente dispensável, e para piorar, é ele o responsável pela refilmagem de O vingador do futuro, clássico oitentista baseado na obra de Phillip K. Dick, e que vai retornar às telas com Colin Ferrel assumindo o personagem que um dia foi do Governator Arnold Schwazenegger.

Ao menos o diretor tenta dar aos monstros de Anjos da noite, o despertar um pouco mais de dignidade do que os vampiros-porpurina de Stephany Meyer na série Crepúsculo. Mas o roteiro é tão inverossímil e a produção tão capenga, que você até começa a sentir saudade de Edward, Bella & cia, o que, convenhamos, ou é sinônimo de doença mental ou é por que a coisa está realmente fedendo no cinema.

Anjos da noite, o despertar, acreditem, ainda termina com uma deixa descarada para outra continuação. Haja estômago. Tudo bem que vampiros e lobisomens não existem, mas filmes ruins a gente sabe que são bem reais.

Cotação: *

Comentários

  1. Falou tudo meu camarada, na minha opnião anjos da noite tinha que ter parado no Segundo filme e morrer ali, foi um dos melhores. Igual Matrix parou no Terceiro e ponto final(acho que vai sair o quarto)

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  2. cara se quer oq? vc viu oq tem aki no brasil? LUAN SANTANA - FUNK - PAGODE RUIM- AXÉ - A PRAÇA É NOSSA - ZORRA TOTAL - ESSES NOVOS SERTANEJOS - fala sério? ta certo o filme tem la suas falhas mas na boa? é isso q queremos sempre uma continuação !!!!

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