Critica: Gnomeu & Julieta

Foi-se o tempo em que a Disney investia em projetos animados que não fujiam do lugar comum. Basta notar o histórico recente das animações do estúdio; os temas batidos são coisa do passado pouco memorável de fracassos como Atlantis, o reino perdido e Nem que a vaca tussa.

Dá para entender o motivo deste antigo projeto ter sido descartado pela Disney. Gnomeu & Julieta não traz nenhuma novidade, mas vai entreter a criançada pelo colorido da animação e no máximo tirar sorrisos amarelos dos adultos.


A premissa já não é das mais criativas: um grupo de anões de jardim que, fora das vistas humanas, ganha vida e apronta confusões (Toy Story, certo?), tem sua rotina de rivalidade abalada quando surge uma repentina paixão entre dois deles, um azul, Gnomeu (eita trocadilho infame...), e uma vermelha, Julieta. Como já é esperado desde o prólogo para lá de sem graça, os gnomos tentarão dar um final diferente para a clássica história de William Shakespeare.

O diretor Kelly Asbury, que no passado já havia feito parte da equipe criativa de sucessos como A Bela e a fera, e dirigido filmes para a Dreamworks (Spirit, o corcel indomável e o bem sucedido Shrek 2 são dele), erra a mão feio desta vez. Como produtor executivo, Elton John era uma expectativa de ao menos uma trilha sonora memorável para o filme. Ficou na promessa. O astro não consegue repetir a façanha que realizou em O rei leão e entrega um trabalho nada inspirado, que não passa de arranjos diferentes para suas canções já consagradas. Não funcionou, infelizmente.

O roteiro também não ajuda nem um pouco. As piadas são forçadas, e algumas situações são extremamente repetitivas. Os personagens são desenvolvidos com pouca criatividade, resultando em tipos clichês que estamos cansados de ver em projetos animados de baixo escalão. Nem parece que a equipe técnica já trabalhou nos melhores estúdios do gênero...

Gnomeu & Julieta é um filme para ser esquecido, um baita tiro no pé em uma época em que o gênero de animação atravessa seu ápice criativo na milionária indústria americana do entretenimento. Ver ou não ver, eis a questão? Fique na negativa.

Cotação: *

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