Globo de Ouro: termômetro (ou não?) do Oscar?


O Globo de Ouro, a cada ano que passa, se torna uma decepção no que diz respeito às categorias cinematográficas.

O combalido prêmio entregue pela associação estrangeira de críticos de Hollywood tem um formato que há muitos anos é criticado: a divisão das categorias entre dramas e comédias/musicais. Vamos lá: só existem estes três tipos de gêneros cinematográficos? Se a divisão funciona para TV, para Cinema é no mínimo estúpida. Só assim para entender que filmes como O turista, Alice no país das maravilhas, Red - aposentados e perigosos e Burlesque figurassem entre os melhores do ano. É realmente pedir demais...

Em 1998, Toy Story 2 levou o prêmio de melhor filme comédia/musical, quando ainda não existia a categoria de animação, para onde o Globo de Ouro relegou este estilo cinematográfico. Oras, Toy Story 3 sequer concorreu com os filmes principais. Algum dos que citei anteriormente é melhor do que a obra prima da Pixar? Acho que não.

Para piorar o quadro, Rick Gervais, escolhido como apresentador, foi grosseiro até dizer chega com a platéia, com os indicados e até com os próprios anfitriões da festa. Piadas, tudo bem. Falta de educação, é outra coisa. Mas eram para pedir gracinhas as listas de melhores do ano na parte de atuações, onde Johnny Depp concorreu duas vezes, sendo uma pela terrível reinvenção que Tim Burton deu ao clássico personagem do Chapeleiro Louco. Cruz credo imaginar que aquele foi um dos grandes momentos de um ator em 2010...

Em suma, o Globo de Ouro precisa se reinventar. Quem sabe, indicando 10 filmes em uma categoria única, como faz o Oscar? E acabando com as divisões, também, nas categorias de atuação? O bom senso pede passagem.

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