Clássicos: Metrópolis (Alemanha, 1927)

Qual a receita que faz de um filme um clássico imediato?

Bem, como bom economista que sou, resolvi analisar esta questão usando como exemplo este filme que é um representante importante do expressionismo alemão, e que foi realizado por um de seus mais importantes expoentes: o diretor Fritz Lang.

Metrópolis retrata de maneira fantástica os conflitos entre dominadores e dominados que perpetuam em nossa sociedade até os dias de hoje. Ora, e não seria esta a maior resposta para a pergunta inicial? Um clássico imediato é aquele filme que se torna atemporal; não importa quando ele será visto, ele sempre será atual, sempre tratará de temas em que conseguiremos nos visualizar, que conseguiremos perceber como se também tivéssemos vivido - ou vivêssemos - aquilo que está sendo mostrado na tela.


Fritz Lang discute a luta de classes e aponta diversas mazelas dos capitalismo, alfineta a revolução industrial em plena época em que o próprio cinema passava pela sua revolução (do cinematógrafo ao cinema propriamente dito) e apresenta como "vilão" a máquina, numa alusão mais do que clara ao movimento expressionista. Metrópolis é um filme para se assistir e desfrutar.

Cotação: ****

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