Crítica: O segredo dos seus olhos

O cinema Argentino vem passando por uma época de ouro. Embora a diversidade de gêneros não seja tradição na terra dos hermanos, seus dramas humanistas e geralmente centrados nos problemas sociais dão de 10 a zero em muitas produções brasileiras, principalmente em se tratando de originalidade e qualidade da narrativa. E neste campo, um time de extrema competência tem mostrado que veio pra ficar.

Juan Jose Campanella e Ricardo Darín são companheiros de trabalho a algum tempo. O diretor argentino e seu astro mais recorrente formam uma dupla e tanto, por sinal. Os últimos trabalhos juntos, O filho da Noiva, Clube da Lua e este O segredo dos seus olhos estão aí para não me deixar mentir: tudo o que a dupla faz é garantia de sucesso. Em menos de dez anos, foram duas indicações ao Oscar de melhor filme estrangeiro.


O novo filme segue o estilo do diretor: é um drama com um roteiro de diálogos extremamente emocionais, suavizado pela presença em cena de coadjuvantes bem humorados. No centro da história, está o personagem de Darín, um homem atormentado por um passado que ele havia tentado esquecer, assim como o verdadeiro amor de sua vida. Transpondo suas lembranças para as páginas de um romance, ele começa a perceber algumas peças que não se encaixam, e revelações que irão mexer com o curso de sua vida. Ricardo Darín repete aqui uma atuação fantástica, no nível de Nove Rainhas e Kamchatka.


Com uma trama que mistura romance, suspense e toques de comédia, O segredo de seus olhos é uma grande surpresa neste ano de tantas produções excelentes.


Cotação: ***


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