Crítica: A Fita Branca
Em uma entrevista recente sobre seu trabalho – que é favoritíssimo ao Oscar de melhor filme estrangeiro – o diretor Austríaco ponderou que seu filme não é sobre a Alemanha ou sobre a mentalidade de um determinado povo; é, sim, um estudo sobre as raízes da maldade na natureza humana. A escolha de uma fotografia em preto e branco foi, antes mesmo de um recurso estilístico, vital para compor o clima exposto pelo roteiro. O trabalho do fotógrafo Christian Berger é belíssimo de ser ver, e com justiça indicado ao Oscar 2010 na categoria. Para não dizer que tudo é perfeito, o filme é um pouco mais longo do que o necessário, e em alguns momentos antes de seu clímax torna-se demasiado lento e cansativo.
No geral, trata-se de um filme impressionante e um dos melhores exemplares da safra internacional a pintar no Oscar nos últimos anos (lembrando que filmes excelentes como Cidade de Deus, Deixa ela entrar e 4 meses, 3 semanas e 2 dias foram solenemente ignorados em anos anteriores). Sempre bom saber que não precisamos nos prender a acompanhar essa ou aquela cinematografia. Tem muita coisa boa sendo produzida por este mundo afora.
Cotação: ***
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