Trabalhar com um orçamento mais minguado não significa dizer que você fará um filme pior do que qualquer outro; talvez, sim, o correto seja dizer um filme menor . Mesmo assim, o cineasta não deve ser passivo e deixar de acreditar na força de sua obra. Neil Burger, se escutou este tipo de conselho, fez o trabalho de casa direitinho em Sem limites. O filme produzido pelo astro Bradley Cooper - que também atua no longa - é uma surpresa pra lá de bem vinda. Justificando minha afirmação: o diretor desenvolve com excelente ritmo uma trama bem elaborada pelo roteirista Leslie Dixon ( Hairspray, Thomas Crow), baseada no romance homônimo sobre um cara que vê sua vida se transformar da noite para o dia depois de tomar uma pílula milagrosa que faz com que ele utilize sua atividade cerebral em 100%. Parece vindo de histórias em quadrinhos, você poderia dizer. E em alguns momentos, esta semelhança fica ainda mais evidente, como quando o personagem se sai maravilhosamente bem em uma briga que evitou...
Quando um determinado projeto que trata de um tema com potencial para atrair milhares às bilheterias chega às telas de forma tímida e quase sem nenhum marketing, já é motivo para desconfiar. Não adianta: o cinema vive hoje o período da maximização da informação, onde a mídia já acompanha com afinco etapa a etapa dos filmes, da pré à pós produção. Não despertar interesse logo de cara é certeza de que algo não vai bem. Projeto Dinossauro se enquadra perfeitamente nesta descrição. A produção Inglesa de baixo orçamento tinha um propósito interessante: trazer para um filme com dinossauros a estética já consagrada em outros gêneros com A Bruxa de Blair, Cloverfield e Poder sem limites - a filmagem semi-documental com câmera na mão. O problema é que o filme se entrega aos clichês deste tipo de produção e não consegue decolar. Não consegue decolar, leia-se, por motivos diversos. O primeiro e mais perceptível deles é a limitação técnica. Sempre que a ação exige mais refinamento estético, a c...
Uma das melhores listas do Oscar dos últimos anos. E não foi apenas pelo aumento no número de indicados a melhor filme. Surpresas não faltaram, no entanto, seguiu-se o que havia sido esperado na maioria das categorias. Os filmes mais indicados, Avatar e Guerra ao Terror. O primeiro, um grande sucesso de bilheteria. O segundo, sucesso de crítica e lançamento modesto nos cinemas - no Brasil, sequer esteve nas telonas. Ambos, os franco favoritos. Entre os demais indicados, filmes de todos os tipos. Dramas, ficções, épicos, animações (sim, Up está lá!), comédias de humor negro... uma lista invejável. Será, com certeza, uma noite no mínimo interessante de acompanhar. Na categoria de trilha sonora, mais uma indicação para Michael Giachinno. Muito justa, por sinal. E duas canções de A Princesa e o sapo, que também conseguiu a indicação de melhor longa animado - um ótimo sinal para os fãs da animação tradicional. Nas categorias técnicas, um banho de Avatar e Transformers 2 sendo deixado pra...
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