Crítica: O Juiz
É complicado para um ator quando seus personagens começam a confundir-se com ele próprio. Em alguns casos funciona, principalmente nas comédias, se a característica em pauta é ser engraçado. Mas para um ator que tem pretensões dramáticas, isto é praticamente o cheque mate se a questão era sair do óbvio. Infelizmente Robert Downey Jr hoje se adequa totalmente a este quadro. Alçado à condição de estrela depois do sucesso em Homem de Ferro, e hoje um dos mais bem pagos atores de Hollywood - seu cachê para Os Vingadores foi de 50 milhões de dólares e mais um percentual da venda de ingressos -, Downey Jr agora pode escolher os projetos e até tem liberdade para fazer sugestões nos roteiros. Entretanto, a sensação de déjà vu que se tem ao observar suas últimas atuações já está tornando-se incômoda - e o público está começando a notar. O Juiz é o típico filme feito como veículo para a carreira de um ator - e seu principal problema começa aí. Vendido pela Warner como um de seus projeto