Crítica: Os Miseráveis
A responsabilidade ao adaptar uma obra clássica da literatura, por si só, já é uma tarefa inglória. Quando esta obra se torna um musical que é um fenômeno mundial de público e crítica nos palcos, ela é ainda maior. Isso não intimidou Tom Hopper, que depois de arrebatar um Oscar de melhor diretor por O discurso do rei resolveu levar para as telas a obra prima de Vitor Hugo em sua versão mais conhecida atualmente. O musical Os Miseráveis é um campeão de audiência e longevidade no West End Britânico. Em uma época em que os musicais retornaram com força aos cinemas, era natural que a obra também recebesse sua versão em celuloide, apesar da natureza mais sombria e triste que outros exemplos do gênero como Chicago, Nine e até mesmo O fantasma da Ópera. Sem mexer na essência do texto original, Tom Hopper faz de seu Os Miseráveis um espetáculo visual embalado pelas composições eternas de Claude-Michel Schönberg que encantam o mundo desde a estréia do musical em 1980. A grande diferença de s